Aquarela do autor

de esporadicidade imprevisível

A regra é simples

22/07/16

A regra é simples: se houver um "i", troque por "y". Existem outras: escolha o melhor lugar para inserir um "h" e, caso exista um "c" ou "v", troque-os para "k" e "w", respectivamente e assim se transformará uma Clara qualquer na senhora Klara ou Khlara, claro. Um simples Milton viraria Mylton ou Mylthon e assim por diante.

Salta aos olhos o quanto é mais elegante uma Nayr face a uma Nair. E mais: a todos os nomes iniciados por vogal, é óbvio, se pode sempre antepor um "h" para batizar Horlando, Helsa, Hirani, Halzira, Hizaltino etc.

É possível, ainda, modificar ditongos pela introdução de um "i" ou "y" e transformar Andréa em Andréia ou Andreya e Arimatéa em Arimateia etc.. Outrossim, substituir "s" por "z" e vice-versa fazendo Suzana virar Susana e até Zusana (se não aparecer uma Sussana!).

O som do "s" acaba tendo uma relação promíscua com o "z" e alguns dos cinco sons do "x"* para Maximiano virar Massimiano e até Macimiano, bem como Andressa se tornar Andreça ou Alexandre, Alessandre, Alexsandre, Aleschandre e Alexssandre...

Outro recurso usado e abusado para "enobrecer" um prenome é a duplicação das consoantes. Janette seria mais aristocrático do que Janete e Jannette, então, muito mais. Não existe limite para a inventividade dos pais diante do indefeso rebento. Como disse, não são muitas regras e sempre é possível encontrar um tabelionato brasileiro para registrar um Jhaesneanflayquisheideix...

Os cartórios de Portugal têm uma lista de uns setecentos nomes passíveis de registrar os portuguezinhos. No Brasil, atualmente, a lei procura evitar os prenomes mais absurdos, mas seguem-se registrando Estratelas e Wonarllevystons entre outros despropósitos.

Finda aqui o pequeno manual da criação de nomes únicos para um neném indiscutivelmente único. Pais deste Brasil, rumo aos 150 mil!

do Houaiss: representa cinco sons distintos: 1) consoante fricativa palatal surda, como em xadrez, mexe, enxame; 2) grupo consonantal [cs], como em fixo, nexo; 3) grurpo consonantal [gz], tal como ocorre, por vezes como ultracorreção, em falantes de ing. ou fr., hexacanto, exantema; 4) consoante fricativa linguodental sonora [z], em exame, exército; 5) mais raramente, a consoante fricativa côncava dental surda, como em próximo, sintaxe; a.1) no pref. ex-, o x não é pronunciado como [cs], mas como [z] antes de vogal (exímio, exogamia); a.2) antes de consoante (exportar, exclamar), será fricativa côncava surda, dental ou palatoalveolar, dependendo do dialeto, do mesmo modo que o x do prefixo extra- (extraordinário); a.3) se seguido de c, o conjunto é pronunciado como [s] (exceto, excelente). volta

Fri, 22 Jul 2016 16:25:41 -0300

Me diverti muito, principalmente com os 4 primeiros parágraphoss.
Beyjos,
Marya Hemilia, vulgo Mymah

Fuy deskobryndo mays e mays regrynhas, komo permutar "o" kom "u" e wyke-wersa, "f" kom "ph"... não terya fym.


Fri, 22 Jul 2016 19:37:40 -0300

Muito obrigado. Feyssebuhkah-la-ei!

G.

À vontade.

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