no Shopping da Granja

A turma dos bastidores

13/07/16

Esquecemos com facilidade a turma dos bastidores. As imponentes fachadas se nos apresentam como "seres" autônomos e sem compreensão plena da situação tratamos ou interagimos com "o Congresso", "a Igreja", "a Lei", "a Polícia" e, indo mais longe, com "o Computador", "o game tal" ou demais instituições do "mundo virtual".

Lidamos com arcabouços criados por pessoas como se fossem seres vivos e racionais, donos de um cérebro e um querer pessoal, possuidores até de manias e mais traços definidores de uma individualidade, de um ser humano. Esquecemo-nos da turma dos bastidores, das pessoas que criaram e determinaram o modo de ser e agir de cada uma daquelas entidades e continuam a manipular os cordéis para a encenação social.

Tudo isso emergiu de uma correspondência onde a amiga conta de sua surpresa diante da reação de um colégio tido como "moderno e liberal" ao expulsar um aluno por uma desavença com uma professora. O tal colégio não "é" nada, ele apenas reflete o modo de ser de seus dirigentes naquele momento e estes, poderão ser diferentes em outro momento ou mesmo outras pessoas - o colégio é apenas a fachada.

Da mesma forma o Senado ou o Supremo Tribunal Federal, apesar da pompa dos nomes, não passam de fachadas e encobrir os manipuladores de cordéis sujeitos, como qualquer um, às ditaduras implacáveis dos hormônios e neurônios a dirigir seus corpos.

Eu, eremita há muitos anos, acabei adquirindo o vício de ofender o computador com solene e impublicável palavreado em uma demonstração cabal de tudo acima enunciado e, apesar de saber muito bem nada ser decidido pelo computador mas, sim, pelo batalhão de pessoas que o construíram e, principalmente, escreveram os programas que o comandam. Eles, seres humanos, interagem comigo e o computador é apenas intermediário, a fachada imponente.

Wed, 13 Jul 2016 16:29:14 -0300

toda razão, mais uma vez...
como você sintetizou...
reinou a tal... Fachada.
Ou, como você mais uma vez sintetizou:
Fachada Imponente...

      sem assinatura

Pois é, acreditamos nessa "entidades" como se fossem pessoas, mas são apenas fachadas...

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