Crônica do dia
Publicação esporádica, a perder-se como berro de vaca, que todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.

 

Acabou

21/03/05

O ente virtual morre sem deixar cinzas. Não há choro nem vela e tampouco fita amarela a negar o samba. Depois, se apagará das memórias das pessoas. Façamos, pois, poemas na areia da praia que, como verso de outra canção garante, o mar virá apagar.

Sim, sem aviso ou explicação, a morada na internet dos 1861 arquivos do sítio do clode sumiu. Não existe mais freewebpage.org, simplesmente, acabou. Ofereciam 150 megabites de espaço. O sítio ocupava doze, pouco mais.

Não ia escrever nada. Para que escrever, se não dá para publicar, pensamos, eu e os tais botões mas, enquanto caminhávamos, mudei de idéia. Percebi que, hoje, o que admiro e respeito na internet, de fato, é o correio eletrônico, portanto...

Logo lembrei que já tem gente querendo cobrar por ele, com o pretexto de que, só assim, seria possível pôr fim ao spam e a outros abusos postais. Se você supôs que a proposta partiu do homem mais rico do mundo, acertou. Logo ele, como se preço de programa livrasse de violação... e falo de computadores, dona Sabrina, bem entendido, programa de computadores, suaves, como se diz, software, né?

Felizmente, por enquanto, e-mail funciona e é grátis. O resto, o resto da internet virou campo de luta, guerra... deixa pra lá. Acrescente-se que o e-mail tem uma linda história, que já contei.

Quando cheguei, decidido a continuar com a crônica diária, embora raramente seja mesmo crônica a nota, esboço, ensaio, o que for esporádico que se diz diário, continuar apenas pelo correio, vi que o sítio voltara. Estava lá, de novo no ar.

Tinha o sítio de volta, mas perdia o assunto. Com tudo em ordem, de que falar, agora que rolava morro abaixo esta avalanche de bobagens?

Dizer que o outono chegou por aqui, à margem do trópico, em um domingo esplêndido, cheio de sol e silêncio, apesar da barulheira que a bicharada proclamava? Não.

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