autorretrato Crônica do dia

Bloco de notas

03/02/16

Pego o velhíssimo "bloco de notas" do Windows, com toda sua proverbial precariedade, na esperança de encontrar na limitação de recursos qualquer vestígio de inspiração. Inútil, sigo a enfileirar letras sem nada útil descobrir.

Cancelo a quebra automática de linhas e cada parágrafo se estende muito além dos limites da janela do "janelas" e mesmo do chamado monitor, a televisãozinha a me materializar o abstrato computador. Por algum motivo a experiência me entretêm, me divirto com o comportamento imprevisível deste programinha (software) de apenas 88kb (tenho cópia de uma versão mais antiga do mesmo "notepad" com meros 37kb mas, por alguma razão, não roda mais). Quando o cursor chega no fim da janela, ora ele salta deixando um espaço branco à direita, ora permanece no limite final, "empurrando a linha" letra por letra para a esquerda.

o bloco de notas do xispê
o bloco de notas do xispê

O treino logo me lembra a escrita mecânica com letrinhas esculpidas nas pontas de hastes dispostas lado a lado e sendo projetadas pela força dos dedos sobre teclas, multiplicada por alavancas do mecanismo das máquinas de escrever, sobre o papel pressionado contra um rolo de borracha dura.

Primeiro foi uma Olympia, depois manuseei Olivettis, Remingtons e outras mais, até as IBMs de bolinha, como dizíamos, precursoras dos computadores. O mais terrível nelas todas era corrigir os erros, humanos e inevitáveis. Fora isto, eram formidáveis!

Descubro mais um recurso: é possível exibir a "barra de status" (única opção no menu "exibir"!). Nela se indica a posição do cursor (a linha e a coluna). Um editor de texto assim econômico também trás à memória o primeiro "Word" (anterior a aquisição do programa pela Microsoft) para o célebre DOS (Disk Operating System). Gostava dele, gostei muito dele, sim.

O resultado vai sem "itálico" - inexiste o recurso no "bloco de notas"...

Thu, 4 Feb 2016 23:19:44 -0200

E não é q mermão sabe tudo...

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Não, só sei que tenho um irmão "fantástico"!

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