A juventude desdenha de quem ainda se corresponde por e-mail, o velho e pioneiro correio eletrônico - fascinante no final da década de noventa e, agora, comparável a tílburis como meio de transporte, diante das possibilidades de redes sociais e aplicativos como o whatsapp.

Existe, talvez, um afeto bucólico em relação ao "primitivo" canal de correspondência, enfatizado pela bonita história - que nunca pude comprovar - de sua criação por um estudante universitário da Califórnia, ávido por se comunicar com a namorada, também ela estudante da mesma universidade, mas em outro curso, em outra edificação...

Verdadeira ou falsa, a história lida por mim em 97, em alguma revista dedicada ao "novo mundo da internet" - a lenda dos namorados apaixonados - tornou-me mais simpático aquele meio de comunicação equivalente, provavelmente, às temperaturas de livros, jornais e cartas na classificação de McLuhan.

Hoje, na segunda década do século XXI, continuo a depender muito do e-mail como modo de intercomunicação pessoal, apesar de inúmeras solicitações para fazê-lo através do zap-zap. Em particular, envio por e-mail um curto texto (nem sempre verdadeira crônica) para uma lista de pessoas que, algum dia, solicitou a remessa e até agora não pediu seu cancelamento.

A lista vem crescendo ao longo de vinte anos e inclui, no presente, 58 pessoas - sendo 42 (72%) mulheres e 16 (28%) homens. É possível que uma parte ignore minhas remessas esporádicas por já terem abandonado, em definitivo, o uso de e-mail.

Quando criança ou adolescente, ouvi elogios ao barril por continuar sempre o mesmo, apesar do passar do tempo. Ele era apontado como exemplo de invenção bem-sucedida e bem-acabada. Hoje, o velho e-mail de guerra se apresenta para mim como algo a adquirir aquela "perfeição" idealizada de um barril...

Tue, 26 Sep 2017 11:52:03 -0300

Viva o barril!!!!


Bjs
Ana

Viva!!!

Tue, 26 Sep 2017 12:33:18 -0300

Eu continuo usando e-mail, e gosto, e não tenho celular, acho que é a idade...

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Bem, agora são dois: tenho uma prima que também não tem celular...
O meu é stupidphone, não tem internet nem whatsapp...

Tue, 26 Sep 2017 14:55:42 -0300

Pra que que serve barril mesdmo, além de medida de petróleo em relatórios ou matérias de economia? Se usa barril ainda?
Adorei a crônica e não sabia nada da lenda dos namorados e ainda adoro email - porque sou antiga, pra não dizer velha - mesmo tendo whatsapppp

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Creio que sim, pelo menos nas vinícolas, mas talvez também entre fabricantes de cerveja e, quiçá, tremoços, azeitonas... sei lá. O "de petróleo" é unidade de volume assim definida pelo dicionário: "medida de volume de líquidos, empregada, p.ex., na indústria petrolífera, igual a 42 galões (158,9873 litros)".

Há muitos anos uma amiga contava, na Folha de São Paulo, ter ouvido do filho, de quem reclamava por ter sido chamada de velha: "claro que você é velha, mãe, ainda usa e-mail"...

Que bom que você gostou!

Wed, 27 Sep 2017 10:32:21 -0300

CLARO, EMAIL É ISSO: O DIA A DIA DOS DIAS, ESCRITO ON LINE!

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Ei-lo aqui a possibilitar esta conversa. Viva!

Sat, 14 Oct 2017 18:11:42 -0300

E e aí, manû Um..
Como vai o dia a dia nesta sua querida cidade? Aqui temos manhãs de Sol e fim de tarde meio friozinho. Mas não assusta ninguém.
(Hh... antes que esqueça: você não tem mais feici buki? A pergunta é da da Bia. Ela já tinha me cobrado duas vezes e sempre esquecia de responder. Agora, já respondido. Ou pode mandar direto pra MerMão.

Mas você ainda sabe quanto gasta nas suas conversar (são muitas, mais ou menos, poucas, ou pouquinho?) Em suma, quanto você gasta nas suas converas? Dá e sobre no seu dia a dia? Ou fica apertado? Acho tudo tão caro, no geral. Enfim, faz parte, né?

Saudades dô cê...

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Alô, manonovo,

Não, não tenho mais feicibuc. Cancelei minha conta. Perdia muito tempo com pouco proveito.

Muitas saudades suas também. Não, não sei quanto me ocupo com conversas fora do feicibuc, mas não costumam ser muitas.