Não tem batata assada e tampouco ovo cru, não adianta procurar guiné, galinha, pato ou peru e muito menos bode, carneiro, porco ou, pior ainda, cururu...

Ainda assim a permanente feira de bugigangas nas calçadas da praia de Copacabana tem o dom de me lembrar a canção celebrizada por Luiz Gonzaga e avivar uma imagem apenas imaginada de uma feira que nunca vi, por não ter nunca ido a Caruaru.

Ali se vendem outras prendas pois as moedas pesam em bolsos e bolsas estrangeiros, não nordestinos. Tem canga a dar com pau, tem chapéu fingindo ser panamá e camisetas estampadas com o Cristo do Corcovado, as calçadas famosas da praia ou o estádio do Maracanã.

Tem pulseira de todo tipo, e pessoas pintadas como indígenas para atrair comprador de artesanatos de miçangas, trançados de linhas ou artes de arame. Tem vendedores de óculos de sol espelhados em todas as colorações e em sacos de malha graúda se vendem bolas de futebol...

Também tem baldes e pás, como em minha infância, para criança cavoucar a areia. Outrossim, como contei aqui, se oferecem charutos e cigarros de bandeja ou cafezinho e caipirinha à vontade do freguês. Não faltam miniaturas do Cristo de vários materiais, iluminadas ou não e bichos feitos de folhas trançadas dos coqueiros trazidos para a praia.

Vendem-se aos turistas passeios para o Corcovado, o Pão de Açúcar, Angra dos Reis e mais destinos, e indivíduos tentam a sorte deixando chapéu no chão a coletar migalhas em troca do som de uma flauta primitiva ou mesmo um violino. Existe um saci, um homem com uma perna amputada e totalmente pintado de preto, com vestimenta vermelha a fingir-se de estátua, entre outros homens-estátuas a tentar a sorte com o chapéu...

Há muito mais na grande feira da Avenida Atlântica a me lembrar também outra feira famosa, além da de Caruaru, já mencionada aqui.

Fri, 5 Aug 2016 09:43:12 -0300

A Feira de São Cristovão é uma mostra de que todos somos cerarenses rsrsrs

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Bem lembrado!
Minha natureza ermitã, porém, garantiu-me desconhecer tanto uma como a outra...
Mais, provavelmente muitos dos que oferecem tralhas ali vieram do Ceará e cercanias.

Fri, 5 Aug 2016 13:06:37 -0300

Oi, Clôde
Evocou mais lembranças. Estive em Caruaru uma vez, com um casal de amigos pernambucanos.
Comprei uma sandália bonita (que sumiu na minha mudança pra cá) e uma bolsa enorme, que nunca usei e
acabei dando. E meus amigos me fizeram experimentar carne de bode - argh, um horror...

Outra história de Caruaru de que me lembro: muitos anos atrás, estive em um congresso em Recife,
onde encontrei meu amigo Peter, o professor inglês com quem fiz meu pós-doutorado na Inglaterra.
Conversando com ele em um dos intervalos, ele me contou que ia passear em Keirueiro (com sotaque inglês).
Custei um pouco pra entender que era em Caruaru...
Bjs
Ana

Que delícias suas lembranças, Ana.
Keirueiro é ótimo e permite "escutar" com o sotaque inglês...
Existem muitíssimas outras mercadorias por aqui, mas não conseguiria fazer um rol completo.
Hoje estava caótico e a tal da tocha foi desviada pois aqui estava tomado por fanáticos pela Dilma. E filas enormes para compra de entradas para o vôlei de praia...

Fri, 5 Aug 2016 17:42:25 -0300

mais uma vez, me vi aí.
DESCRIÇÃO MARAVILHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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E com a iminente abertura da Olimpíada, a bagunça é fenomenal!

Wed, 10 Aug 2016 14:36:20 -0700 (PDT)

essa feira da Atlantica continua apresentando tanta coisa q nao precisas
nem eu ...

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Pois é, Sócrates sabia das coisas... parece.