Publicação esporádica, destinada a se perder como o mugido da vaca, que continua a mugir apesar de se declarar inútil seu berro.

Metendo o bedelho

30/11/07

Por mais que insistisse - "cala-te boca", "cala-te boca", ela, teimosa, venceu e, vencedora, foi logo metendo o bedelho onde não fora chamada e cutucando com a colher de pau e o escambau.

Ali Lulá, profeta de conjeturas e suspeições, mandou dizer ao povo humilde da imensa nação embolsada que sem os dízimos apregoados como inesgotável manancial de saúde - tim-tim, saúde! - que, na falta de tais proventos provisórios as provisões melariam ralo abaixo: anunciou que "o país vai perder 40 bilhões de reais".

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Ali Lulá - imagem da internet

O país, Lulali? Não confunda barafunda com barata na .... - onde a barata foi parar!?! Ah, esse Olhalá Lulaí vai metendo bugalhos no tempero e toma governo por país com duas pedras de gelo e pouco açúcar, sem risco, já que no máximo pode deixar o sujeito meio etanolizado e, para qualquer abuso, sempre haverá a palavra amiga dos etanólicos anônimos, treinados e afiados para explicar ao coronel - oh, não é outro que agora detém o chapéu! - explicar ao deslumbrado plantonista que os tais quarenta bilhões não se perderão, que ao país nada se subtrairá e que tão somente a nação embolsada deixará de desembolsar - aqui, talvez, o avesso da Bolsa! - os tais quarenta bilhões que enchem tantas bocas de empáfia, arrogância e volúpia e deixam tantas barrigas vazias.

Assim me confesso pecador por me meter em seara que me propus para sempre proibida mas, da mesma forma que não se pode controlar uma diarréia, não consegui engolir nem digerir a estupidez de proclamação de que o país perderá...

Pecador, saco logo o álibi de minha ignorância. Como ignoro não creio nem nego. A miopia me restringe aos deuses que o homem criou. E deusas, é claro, pois como povoar os céus sem elas e seu divino dom de gerar?

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