14-01-06  Crônica do dia

Silvinho

11/05/06

Vejo, nesta manhã gélida, nas principais emissoras de rádio voltadas às notícias, jornalistas zombarem do ex-secretário do petê, o Silvinho dos petistas. Ironizam de diversos modos suas declarações à CPI, ontem. Com toda essa ironia e sarcasmo dão a entender não acreditarem nas afirmações do investigado e deixam nas entrelinhas a suposição de cena armada para se esquivar à emergência da verdade.

Note, leitor, que ao dizer vejo não se deve supor que meu radinho é diferente de todos, não, é óbvio. Trata-se de um rádio comum e barato, aludo apenas à propriedade implícita ao meio e descrita com mestria por McLuhan, no início dos anos sessenta, de que o Rádio nos estimula a complementação da informação, nos obriga à imagem e demais dados que, às ondas sonoras, é vedado transmitir.

De volta à reação da mídia e a seu objeto: dos jornalistas de hoje nada mais me espanta. Em sua maioria estão mal preparados. Saem de mil escolas que priorizam a mensalidade à formação. Empregam-se, por isso, tendo como prioridade absoluta o salário em empresas que transformaram a informação, também, em negócio e que são capazes de trilhar qualquer caminho para aumentar lucros. Importa-me o Silvinho.

Antes de dizer o que senti a respeito do ex-secretário do petê, que foi inquirido, ontem, por senadores na Comissão Parlamentar dos Bingos - também chamada de CPI do Fim do Mundo -, lembro o que já disse, aqui, sobre minhas opiniões: o que digo vale tanto quanto um cavalo defecar e eles, eqüinos, o fazem com nobreza impar, seja no pasto, seja a trotar, mas sempre resta estrume. Isto dito, eis o que sinto.

O senhor Sílvio Pereira é maníaco-depressivo, nome banido da psiquiatria moderna, substituído pelo termo 'politicamente correto' de doença emocional bi-polar. As afirmações que faz são as mais verdadeiras possíveis em sua condição.

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