Inicia-se o inverno, é o começo do verão. Cara coroa, não se amofine pelo epíteto, quis-se apenas usar a possibilidade do trocadilho de tão óbvia situação de verso e reverso - verão lá e cá inferno de um inverno a principiar antes de começar.

Quando teve início esta celebração, por fac-símile, o popula e já ultrapassado fax, não havia a consciência coletiva da efeméride. Hoje todos os meios de comunicação anunciam e festejam os pontos extremos desse vai e vem do sol, a riscar na abóbada círculos entre o norte e o sul, os solstícios.

Hoje, chega o sol ao ponto mais ao norte, inaugurando as estações. O início do verão ao norte do equador assinala, também, o começo da diminuição progressiva dos dias e consequente aumento na duração das noites, enquanto no sul os dias começarão a ser mais longos e as noites mais curtas, até o próximo solstício, pouco antes do Natal.

Cumpro, ainda uma vez o rito que se impôs por si, já sem o caráter de lembrete que o justificava no início. Por aqui se anuncia um dia quente com a máxima coincidindo, mais ou menos, com o momento limite, o ponto extremo do movimento de um pêndulo, quando pára (insisto neste acento!) antes de retornar.

Aos amigos que contam com este aceno e aos outros, indiferentes a ele, também, salve o solstício de junho de 2011, anunciado para às 17 horas e 16 minutos deste dia 21, pelo horário universal. Boa estação que se inaugura, inverno para uns, verão para os demais!