crônica do dia

Subjuntivo subjetivo

10/11/05

Frio. Quinze graus na manhã de quarta-feira, um dia de mais de treze horas! A 42 dias do solstício de verão! Manhã fria e muito úmida (cadê o agá!?!) Hoje, quinta, a temperatura se repetiu. A umidade caiu. Ontem, tudo foi difícil e cinzento. Irritante. Por que dias difíceis, de nervos expostos prontos a explodir. (teria que ser explodirem?)

Língua atrapalhada, explicação explícita de leis e normas e regras, que fingem ordenar e reger tudo e todos enquanto se chupa cada tostão possível. Furacão furibundo. Língua ávida de sabores e odores que tateia e fareja em mar já sabido do déjà mangé, deja gouté, déjà parlé e baba a mesma mesmice a repetir o ontem em clamor do novo e engole, a preço impublicável de novidade, restos requentados, talvez com uma folha nova de parreira - adorno e sinal de nada repleto do significado que não há como o desta frase, pronta para o palanque, o púlpito, o microfone a palpitar.

"... é cínico, é cinismo quem dizer que..." confirma a mil câmaras e milhões de microfones na inquisição do parlamento ex-ministro e deputado-prefeito Anderson Adauto a contaminar o verbo primordial: se eu conseguia falar assim até o ponto final desta ela logo vai estar chegando caso ele pegou um condução...

Mero portinglês a ver se língua se afia em pedra a cortar louçanias que oiço de mercadores sem ardores, odores ou dores nem ecos, pois ecos ecoam ecos que logo somem na mentira do ecoar.

infinitas latas...
infinitas latas...

Série infinita na embalagem de fermento em pó, esfinge de menino. Ponto não tem dimensão: axioma! Quer prova? Axioma define, é em si definição. Não peça prova - assuma toda corrupção. Infinita, se o for, como latinhas desenhadas no desenho do rótulo da lata no rótulo da lata desenhada...

Faz frio! A 41 dias do solstício de verão! As orquídeas explodiram em cacho a comemorar o aniversário que se avizinha.

 

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