basta um clique!
Publicação esporádica destinada a perder-se como berro de vaca que, todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.
Um erro não justifica outro
21/09/01
"aspas"
"A ERA DA INCERTEZA, de John Kenneth Galbraith, em inglês: THE AGE OF UNCERTAINTY, © Copyright 1977 - A série *A Era da Incerteza*, feita foi apresentada no Brasil pela Tevê Cultura (São Paulo) e publicada em livro, com tradução de Nickelsen Pellegrini, pela Livraria Pioneira Ed. & Ed. Universidade de Brasília
Um erro não justifica outro. É simples assim. No entanto, todos seguem a trilha do matadouro, com bandeirolas festivas e hinos emotivos. Marcham para o novo erro com bravatas de super-heróis e slogans de Hollywood por um único motivo: o primeiro erro.
Primeiro dos dois, enésimo e recorrente erro de usar a violência contra a violência, com alegações de que é para domá-la, erradicá-la etc. Segue a boiada porque os sentimentos estão em todos, o ódio, a sede de vingança, os sonhos de Super-Homem, Mulher-Maravilha, Batman e demais semideuses do século vinte.
Não há outro assunto, o que dá a dimensão do resultado obtido pelos autores dos ataques. Quem? Nunca se saberá. Os fatos ficarão sempre envoltos em brumas, como tantos outros cruciais para história.
Muitas coisas os jornalistas calam ou esquecem de perguntar. Iludiriam o cachorrinho da RCA como gramofones. Não se questionou quem pode lucrar com tudo isso. Países são obrigados a colaborar, sob ameaças econômicas e militares. Não foram convidados para ajudar nas investigações.
John Kenneth Galbraith esclarece a relação entre os governos e as grandes corporações, em texto de 1977, de uma série para a BBC, de Londres:
"A moderna empresa multinacional também exerce poder no governo e através dele. Isto também é ponto pacífico. Os pagamentos que elas fazem a políticos e funcionários públicos não são aceitos, exceto pelos beneficiários, como gestos filantrópicos ou afetivos. E menos ressaltado, mas nem por isso menos importante, é o relacionamento, naturalmente vantajoso, entre a moderna empresa e a burocracia governamental - entre aqueles que constroem carros e aqueles que constroem rodovias, entre os que fabricam aviões de caça e os que dirigem a Força Aérea. Entre a moderna empresa multinacional e o moderno Estado existe um relacionamento profundamente simbiótico, baseado no poder partilhado e na compensação partilhada."
Um erro não justifica outro. A violência traz mais violência.
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