Faz dois anos se publicou aqui, pela primeira e única vez, uma crônica natalina com cheiro de naftalina. Por que a discriminação com o derradeiro dia 25? Não sei, mas tem sido assim desde de o século passado, do finzinho do segundo milênio, no embalo das comemorações e festejos universais a emendar Natal e o término do ano no calendário gregoriano, cessa também a voz do aprendiz.

Pensando bem, uma bobagem. Olha-se o firmamento e as mesmas estrelas desfilam como sempre, percorrendo o espaço de leste para oeste, até as franjas do dia, como queria Rachel, a grande Rachel de Queiroz, até as franjas do dia anunciarem a volta da luz intensa de nossa estrela e, nestes tempos solsticiais, ao sul do equador, do calor quase insuportável aqui no Rio de Janeiro.

Ontem, todavia, um sobrinho querido conseguiu a proeza de reunir três irmãos, que pouco se veem por morarem em cidades diferentes e, inclusive, em continentes distintos! Reuniu os três e mais, todos com seus filhos, a filharada toda e ainda mais, os filhos dos filhos, todos, dos três irmãos, também presentes - cinco netos entre quatro e vinte e quatro anos! Um feito e tanto a transbordar emoções, sem falar nos dois bassês de vozes afinadas querendo participar. Obrigado, sobrinho.

Agora, a madrugada avança e não demora para o dia clarear. O sono sumiu e o dia de Natal raiou. Ecos das ceias, fartíssimas, repercutiram por aqui, nesta segunda-feira abafada a alternar sol e mormaço enquanto o termômetro segue ascendente, na metrópole silenciosa e pouco povoada. É a ressaca da agitação imposta por religiões e comerciantes. Mas não há de ser nada, o fim do ano se anuncia logo ali.

Na verdade somos quatro irmãos, um deles, todavia, rolou ladeira abaixo e não pode comparecer. Participou, no entanto, de longe, graças às modernas tecnologias.

Mon, 25 Dec 2017 20:43:38 -0200

Grande abraço Querido Amigo!

Ebert

Obrigado.

Retribuo os votos de um feliz 2018!

Mon, 25 Dec 2017 23:06:37 -0200

Adorei Clode!!!! Inclusive a outra crônica que falava da Alice e Mima de 4 anos!!!

Que bom!

Você sabe o quanto respeito sua opinião.

Obrigado.

Tue, 26 Dec 2017 04:49:34 +0000

Querido Clode

Há tempos não lhe escrevo, mas sempre recebo e leio suas queridas e bem-vindas crônicas.

Pois é, já se foram a véspera e o dia de Natal, este com jeito de domingo.

Ao contrário de seu primo, não passei o dia 24 em família (própria), mas junto a uma muito simpática e acolhedora.

Sinto saudades do tempo em que fazíamos essas festas em casa de minha mãe, com nossos parentes mais próximos e poucos agregados. Era uma alegria!

Agora, com idade para mais de meio século - para não dizer avançada -, é necessário agradecer a quem ainda nos chama para partilhar as festas de final de ano. Enfim, parte já passou...

Aproveito o ensejo para lhe desejar muitas felicidades neste final de ano e que 2018 lhe traga muitas alegrias e realizações.

Um abraço com muito carinho de sua sempre enfoco-aluna,

Vera Laporta

Oi, Vera,

Sempre envaidece ter uma ex-aluna como você!

Que bom que você gosta das croniquins. O tempo é um grande mistério e aparentemente corre uniformemente para todos nós. Este ano calhou de podermos nos reunir todos e foi de fato uma delícia. Como você disse, "uma alegria!"

Gostei muito de suas sábias observações. Obrigado.

Tue, 26 Dec 2017 21:54:11 -0200

nossa, Clode, que lindo, tão lindo quanto o feito do sobrinho, porque você é o rei da descrição precisa, informativa e elegante.
Aproveitei e li a naftalina natalina de 2015, que não conhecia, assim como não sei se conhecia a história da vassourinha (mas a de querer ser lixeiro, sim).
Obrigada por tanta beleza!!!
E viva o nosso sobrinho e a mulher dele, executores do feito improvável, Bruno e Karina!!!!!!!!!!!!!
beijos
Mima

Foi mesmo muito especial e você corrigiu um erro meu imperdoável: esqueci de mencionar a Karina. Obrigado.

Sem ela, certamente, as coisas não teriam saído como saíram. Nós, homens, frequentemente não atentamos à participação das mulheres.

Bom, vou anotando por aqui coisas que lembro, coisas que vi, coisa que ouvi e outras que vivi.

Mon, 8 Jan 2018 19:34:31 -0200

O Sr imprevisto aparece de quando em vez, né? Eu rolei mesmo escada baixo, coisa de de matar, ou quase. E aqui estou, bem machucado, com muita coisa pra tentar ajeitar o que eu pra melhora o que perdi e por aí sigo, melhorando. Espero que continue assim... espero.

bjos

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