Publicação esporádica destinada a perder-se como berro de vaca que, todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.
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Ainda bem05/06/02Ainda bem que as bruxas não existem e a ciência está aí, de prontidão, para provar que esse negócio de astrologia é bobagem, ainda bem, senão eu já ia começar a pegar tabelas das efemérides astronômicas assinaladas contra aquele fundo de céu que aconteceu há dois milênios e serve de base para os cálculos estúpidos de astrólogos e outros oportunistas. Céu que nega o que se vê nessas noites deslumbrantes que temos tido, agora que o Cruzeiro do Sul está mais alto na abóbada e a Terra nos abriga o mais que pode de todo clarão solar, ainda bem! Ainda bem que ninguém aqui é supersticioso para acreditar nessas bobagens, senão eu iria aproveitar as noites brilhantes e um pouco frias para conferir se há apenas morcegos, corujas, mariposas, helicópteros e aviões aí pelos ares, além é claro, de todas as outras aves e insetos noturnos, que seria enfadonho demais nomear. Ficar atento para separar, como as formigas que ajudaram Psiquê, o que é fato, o que, imaginação. Bastam as estrelas, os planetas, estrelas para os poetas e para escandalizar com um brilhos que não podemos atingir nem controlar... ainda bem! Ainda bem, senão eu seria capaz de dizer que todos os príncipes viraram sapos muito feios de repente e todas a encantadoras princesas lançaram mão, desesperadas, dos sortilégios de suas fadas madrinhas que, todavia, falharam. Fadas madrinhas sem poderes! Carruagens de ouro feitas de abóboras e reis sem iê-iê-iê mas, ao anoitecer, a conjunção de Júpiter com Venus é espetáculo que não falha, do mesmo lado em que o sol se põe, um pouco mais ao norte, um pouco mais tarde. A aproximação máxima foi na noite do dia três, agora, se afastam. Entrada franca, ainda bem... Quase todos os dias me chega o eco de um amigo, de alguém querido, com um ruído a indicar que está tudo quase bem, quase...
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