desenho de MIMA no fim cada mania acha seu louco

Bin Laden

03/05/11

A repórter afirma com convicção, em falar estridente e desafinado: "o corpo foi jogado ao mar". Sei que ela não estava lá para testemunhar a informação que agora propaga e, me pergunto, por que ela, apesar da voz intolerável, não diz algo como: "tal fonte de informação garante ter sido jogado no mar o cadáver". Seria um serviço à verdade e não se tem, até aqui, prova irrefutável sequer da existência do cadáver, muito menos de sua destinação marítima.

Os instrumentos de poder não se substituem, somam-se. À clava forte de nosso hino somou-se a corrosão da moeda tilintante e a subornação de mentes pela propaganda. Hoje, compram-se as mentes pela catequese metódica, herdeira dos métodos jesuíticos e da Santa Sé e o juízo de cada um, ou uma eventual mente coletiva, se preferirem, se adaptam, com a naturalidade da seleção natural, às novas condições de corrupção subliminar. Nestes tempos, a priori, não se crê, se desconfia.

À parte divagações, afirmar que o corpo foi jogado ao mar, apenas como eco da história contada pelo guerreiro de volta ao lar, além de dúbia em relação aos fatos, torna o propagador instrumento dos interesses de quem, eventualmente, criou uma ficção. Com que facilidade jornalistas, ávidos por novidade, alimento de seu ofício, difundem tudo que lhes chega, mesmo quando criado com o fim de os seduzir!

Assim, quem detém o poder pode manipular o pensamento da coletividade. Assim, se erigiram igrejas e nações - o que, hoje, chamam nação, algo muito diferente dos primeiros aglomerados de humanos, onde todos conviviam com todos, conheciam-se e juntavam-se com um objetivo comum.

foto da internet
foto da internet

Hoje, o medo do 'terrorismo' nos é imposto com a ajuda de jornalistas, numa tarefa obscura de convencimento, catequese do inconsciente coletivo, da qual, talvez, nem eles, jornalistas, estejam conscientes.

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