Clode, dia 12 proximo também fazem 22 anos que morreu minha filha, aos 9.
Por motivo bastante diferente do seu, foi de uma forma imensamente dolorosa, angustiadamente esperada.
Esperada ou inesperadamente, perdas de filhos são como você disse, um vazio impossível de ser preenchido que nos impõem o confronto com uma experiência de aniquilamento indescritível.
Quando se consegue sobreviver a ela, parece que somos capazes de suportar qualquer coisa, nos tornamos um pouco mais fortes na consciência de nossa fragilidade, do imponderável.
A palavra que talvez melhor expresse o que fica em nós dessas vivências, talvez seja "vácuo" e nele o silencio nos aproxima do nada.
Um abraço,
Celso
Não sabia desta perda. Você nunca me havia mencionado. Terrível ano de 1989, mas como você diz, "parece que somos capazes de suportar qualquer coisa, nos tornamos um pouco mais fortes na consciência de nossa fragilidade, do imponderável".
No texto, cheguei a escrever "vácuo", mas acabei mudando, sei lá por quê.
Um abraço,
cronistaprendiz
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