Monday, February 12, 2007 11:36 AM
Realmente, o tal do Tempo nos obriga a viver essa dialética: evoluir nem sempre é andar pra frente, mas ficar parado também não dá. Retroceder, nem pensar. No entanto, acho que o narrador, o Velho, precisa valorizar mais seus cabelos brancos: ainda sou do tipo - antiquado? - que acredita que cabe aos mais velhos serem os mais sábios. E o narrador, (não seja modesto!), sempre teve um certo espírito velho e sábio - com as suas esquisitices, claro, mas quem está livre disso? Ou seja, levanto a bandeira de valorizarmos, nas palavras ditas e escritas e em nossos corações, os saberes de quem já percorreu a parte maior do caminho. Para o bem de todos: dos mais jovens, que saberão onde buscar a referência pra atravessar as provas das quais ninguém escapa e dos mais velhos, que poderão ocupar, plenos, o lugar que lhes é devido.
Eu, pelo menos, adoro envelhecer. Claro que é preciso lidar com as mudanças do corpo, coisa não tão simples nos dias de hoje, que perversamente louvam a adolescência eterna - pior ainda pra quem é mulher e ainda por cima, carioca, como eu. Mas estou me saindo bem. Acho que lá na esquina serei uma velha bem cheia de rugas, enfeitada e exuberante! E sábia, espero.
Que lindo! (e a sábia já está aí.)
cronistaprendiz
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