basta um clique!
Publicação esporádica destinada a perder-se como berro de vaca que, todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.
Uma chupadinha
10/08/01
"aspas"
"Há muitos livros para ensinar como fazer algo, como pensar eficientemente, como construir uma casa, montar um dispositivo; por isso, gradualmente, perdemos a iniciativa, iniciativa que no faz capaz de pensar algo original por nós mesmos."
de Meditações Diárias com J. Krishnamurti. (7 de dezembro) © Copyright 2000 - KFA™; All Rights Reserved Krishnamurti Foundation of America™. Founded in 1969 by J. Krishnamurti
Pronto! Deveria bastar e já teríamos pronta a crônica de hoje, com esta bela imagem que, como se diz, vale muito mais do que as cerca de 300 palavras que a cada dia se ajuntam aqui, a guisa de crônica. É coisa de museu, já se vê: garrafas de vidro? Canudos sem aquela sanfoninha? De museu, como os hippies que são mostrados na mesma revista, publicada em 12 de agosto de 1970, há exatos 31 anos. Uma revista alemã: twen - assim mesmo, em minúsculas.
A fotografia, parte de um anúncio de refrigerantes, como muitas outras imagens dessa publicação eram tão marcantes que me levaram a fazer uma assinatura do periódico, em língua que desconheço, para a enfoco - ESCOLA DE FOTOGRAFIA. Mas se o povo, se nós dizemos que "uma foto vale mil palavras", em seguida ele dá, e na mesma moeda, a chave da explicação: "para bom entendedor, meia palavra basta". Bobo só na aparência, o povo logo transfere a você, leitor e excelente entendedor, todos enigmas de todas as esfinges - nada de explicações!
Nessa mesma época, num seminário de fotografia organizado pela FAAP, entre as perguntas do auditório à mesa, uma linda adolescente se dirigiu a mim: "você acha mesmo que uma foto vale mil palavras?" - bem, ela era aluna da enfoco, tinha 16 anos e eu notava, há algum tempo, a possibilidade de estar acontecendo ali o fenômeno, não raro, de alunas se apaixonarem pelo mestre. De pé, no meio do auditório, me encarando e a espera de alguma resposta, era difícil acreditar que ela, de fato, estivesse interessada no valor de imagens e palavras... Quando piscou um flash, me passou que, no futuro - hoje, talvez - uma foto daquela cena jamais poderia contar o que está nessas poucas palavras e, muito menos, o que outras poderiam narrar.
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