Sim, um periódico esporádico. Contraditório, cara Eufrásia? Claro que não. Pode estar certa que há períodos com ciclos bem mais irregulares que este. Como? Redundante o Circular? Discordo mais uma vez: o periódico seguia anexo à cartas circulares enviadas por outros meios que, por sinal, muito estimulam a circulação, a do sangue do carteiro, é claro.
A você, leitor que se vê aqui pela vez primeira ou de hábitos tão ou mais esporádicos que os do Ciclo Circular, pergunto: porventura tinha visto este "esporádico" exemplar? E você, leitora bonita - porque as feias detestam isto aqui - já havia decifrado, linda leitora, os garranchos difíceis de ler? Pergunto porque este Ciclo, como outros, estão disponíveis na página dos periódicos e porque nela falta e continua a faltar o Ciclo Circular número 1.
As manias que reprisamos como um cigarro após outro, tal qual estas crônicas, pela vida afora, sem nunca as poder entender, não são necessariamente saudáveis nem boas, apenas vícios que nos desafiam à compreensão. Há sete anos (11 de setembro de 1990), com um programa que rodava no poderoso DOS (News) e não permitia usar os penduricalhos da língua (por questoes tecnicas o Ciclo nao dispoe de cedilhas e acentos. Exercite seus dotes ortograficos: acentue e cedilhe voce mesmo) batia a tecla de meu samba, é óbvio, sempre a mesma de uma nota só...
Anos antes ouvia-se já o mesmo refrão: O semblante sereno de uma vaca, aquele ar "bovino" e imperturbável de quem está sempre filosofando, lhe é simplesmente inevitável, pois mesmo que pudesse querer, a vaca não poderia sorrir nem chorar. Sua máscara facial é rígida e inexpressiva, como a da maioria dos animais. O que se assemelha a uma paz interior, fruto de extrema sabedoria, é apenas fatalidade. Só os mamíferos superiores, em particular os primatas, são capazes de usar o rosto para manifestar emoções ou sentimentos, e essa linguagem visual atinge seu desenvolvimento máximo na espécie humana. O sofisticado código de sinais faciais, que deve ter-se aperfeiçoado muito antes do que a fala, é utilizado com tal automatismo e é tão universal que quase nunca sequer nos damos conta de sua existência.
De volta aos ecos recentes, a mesma perplexidade
diante da maravilha tão fácil de enganar, com um
trope-l'oeil qualquer, como este aí, destrinçado
pixel por pixel em sua mentira de vidro mas igualmente capaz de
decifrar: os olhos e, neles, o olhar. Numa página que já
não existe mais, insistia: Os botõezinhos "de
vidro" estão mais pelo fascinio da ilusão (trompe
l'oeil). Pela magia de poderem parecer aquilo que não
são, com apenas 80 pixels e cinco cores. É impossível
olhar para eles e não lembrar que, assim como o peixe morre
pela boca, o homem pode sucumbir pelo olhar... É um alerta,
também, à facilidade com que os olhos nos podem
enganar. É provável que o destino da própria
espécie, assim como muitas vezes o de povos e nações,
tenha dependido dos olhos do homem e da beleza da mulher... Os
botõezinhos "de vidro" assustam pela facilidade
do engodo. Quem os vê ampliados, mal acredita que sejam
capazes de tal proeza, quer ver?
No Ciclo3 você pode ver de onde foi
tirada a imagem ampliada do Ciclo 2. O melhor caminho para
chegar lá é pelo link acima, para os periódicos.
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