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Cônicas23/01/02
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"aspas" "It is apparent that the circle is a limiting case of the ellipse. The parabola is a limit of both ellipse and hyperbola. Like the circle, it has only one shape, although the shape can be enlarged or diminished. Both the ellipse and the hyperbola, however, are infinite families of different shapes." by Martin Gardner, Scientific American, MATHEMATICAL GAMES, Sept. 1977 pag. 24. |
"É fácil ver que o círculo é um caso limite da elipse. A parábola é um limite, tanto da elipse quanto da hipérbole. Ela tem, como o círculo, uma única forma, embora possa ser ampliada ou reduzida. A hipérbole e a elipse, por outro lado, são famílias de infinitas formas diferentes." A frase, por certo, nada lhe diz etérea, hipotética e belíssima leitora. Quem liga para essas coisas? Círculos, só o de amigos. Parábolas já estavam fora de moda quando Cristo as usava. Hipérboles? Essas, então, trilhões de pessoas as esparramam todo dia, sem ao menos cogitar o que possam ser nem cuidar de qualquer figura de linguagem. Divirto-me com palavras, pois a frase alude a curvas e não a figuras, quanto mais às gramaticais. De fato são curvas, e há outras curvas... como, caríssima Sabrina, não vê curva alguma na frase lá de cima? Olhe de novo... São cônicas! Curvas sensacionais, contornos das fatias que a espada do Samurai Ideal tira do chapéu do Palhaço Imaginário. Viu agora, dona Sabrina?
Em verdade, as curvas têm papel secundário aqui: achei a frase de Martin Gardner outro dia. Ela dormiu 8 888 dias em minha estante. Não é piada, fiz as contas. Vinte e quatro anos, 122 dias e uns quebrados, mais ou menos. Quando esbarrei na singularidade da parábola, me encantei pela curva que supus impar. Não percebi no círculo a mesma peculiaridade e tampouco a soube enunciar com o brilho daquela frase. Como um tolo proclamava: "Olhem, só existe uma parábola!" Meu pai, professor de matemática, discordava. Só concordou quando falamos em ampliação fotográfica .. Em 1977, encantado com a curva, sonhei uma rua Parábola. Na época, o autor da frase cristalina, Martin Gradner, publicava, no Scientific American, periódico que assinei por dez anos, a coluna Mathematical Games. Encontrei a frase na revista de setembro de 1977, outro dia... |
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