Dilatação
10/01/19
Aos poucos, mas inexoravelmente, a coluna vermelha desafia a poderosa atração da gravidade e se eleva pelo tubo capilar em resposta ao aumento no movimento de suas moléculas e a consequente dilatação do líquido colorido. A energia, com origem em reações termonucleares em uma distante estrela apenas de quinta categoria, o nosso Sol, percorre os cerca de cinco milhões de quilômetros a nos separar e chega ao planeta azul, cruza seu invólucro gasoso e agita febrilmente as moléculas todas por aqui, do ar, da terra, do mar e corpos contíguos repercutem a própria vibração e tudo se agita em um frenesi quase carnavalesco, inclusive o líquido vermelho (dizem ser álcool) no tubo finíssimo do termômetro comprado há muitíssimo tempo, em uma dessas lojas que vendem tudo por dois reais, imitação de lojas de dólar norte-americanas, isso quando a moeda daquele país valia mais ou menos dois de nossos reais. Ganhei o termômetro de presente de uma amiga. O assunto impôs-se ao Rio de Janeiro e domina as conversações por ser difícil calar quando a temperatura do ar se aproxima da dos corpos humanos sadios. Tentei escapar pensando na Lapônia, um daqueles lugares do qual já ouvimos falar, mas não sabemos bem onde fica ou mesmo se ainda existe. O dicionário registra lapônio, mas dá preferência a lapão e explica: relativo a Lapônia ou o seu habitante. Na Wikipédia, descubro existirem, atualmente, duas Lapônias, uma na Suécia e outra na Finlândia. Ambas me impressionaram não por suas temperaturas médias ao redor de zero centígrado mas, sim, por seus símbolos pátrios. Existe uma grande semelhança nos de uma e outra Lapônia o que sugere um "ancestral gráfico comum". Abaixo, a bandeira da Lapônia finlandesa e os brasões de ambas. Apesar das temperaturas, o brucutu lapão com seu tacape dispensa agasalho. |
Fri, 11 Jan 2019 08:37:16 -0200 Oi, Clôde Ana. Fri, 11 Jan 2019 16:57:15 -0200 ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra ra!!!! sem assinatura São conceitos elementares, ginasiais. No fundo, no fundo o que queria mesmo era mostrar a bandeira da Lapônia, mas precisava de um pretexto. |
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