Não clamaria, é óbvio, por suicídios vindos de repentino ataque de consciência, como se diz ocorrer no oriente (em particular no Japão), mas o atual descaramento na política por aqui contamina tudo como incontrolável epidemia.

Sucessivos abalos no tecido social dá oportunidade a contínua transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos. Hoje, obrigaram Lula a depor à força e a ação repercutiu mundo afora.

foto da notícia no NewYork Times

Vivi alguns anos perto do poder (primeiro, na ditadura militar, por ter tido como aluno da enfoco um futuro governador de São Paulo, trabalhei no Palácio do Bandeirantes com Paulo Egídio Martins, quando trabalhei, inclusive, no gabinete do governador; depois, no governo de Franco Montoro, fui admitido em sua assessoria de imprensa, então chefiada por Tão Gomes Pinto; por fim, aceitei ir para a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, no governo de Orestes Quércia, chefiada por Simon Widman - o secretário era José Aristodemo Pinotti).

Tanto bastou para perceber de perto a ação corrosiva do poder. Alçados aos mais altos postos da estrutura social as pessoas passam a usufruir muitos confortos e facilidades e se sentem protegidas. O término dessas condições, inevitável ao fim do prazo estabelecido, surge como ameaça terrível, semelhante à morte, fim natural da vida de que, de mil formas, se tenta negar.

A aproximação dos fins dos mandatos enche de pavor os mandatários prestes a o deixarem de ser. O desejo intenso de prolongar indefinidamente a situação pessoal (como o sonho de uma vida eterna) cega a pessoa tornando-a capaz de qualquer ato, mesmo os mais abomináveis. Testemunhei deputados estaduais chorarem de joelhos por uma ambulância, aspones suplicarem qualquer cargo no governo vindouro e o real sofrimento de quem se acostumou com pequenos benefícios materiais.

Wed, 9 Mar 2016 17:23:52 -0300

Ah...
De novo, né?
Os poderosos assustados com a proximidade do fim do mandato...
O poder é mesmo o sonho de todos eles. O melhor caminho será sempre estar longe de toda essa turba abominável, né, Mermão?!...
Bom fim de tarde aí...

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Falou! Os abomináveis homens das névoas!
Vade retro!