"Além da inocência, nos falta também amor" - a observação chegou por mensagem eletrônica, que do mais dizia achar bom, como o bom deus o disse ao olhar sua obra no fim de cada dia. O que dizer, como balbuciar qualquer coisa a quem avisa que "nos falta amor"?
Sim, não fui capaz, outro dia, de expressar o que pretendi com clareza e lucidez ao falar de uma sociedade de informação e já na primeira linha, onde se julga, sabe e aponta o melhor ou pior, tropeçei a arbitrar através de meio século e demonstrar quão desastrado é possível ser! Sim, falta, e como!
Tanta bobagem! Atribuir uma qualidade a uma época! Dizê-la atributo do tempo quando é óbvio que todo homem e toda mulher de toda época intuiu aquela inocência e em algum momento mágico de sua vida soube o que era pureza. Completo desastre! Mas já estava o leite a empapar o solo em nutritiva lama, como este palavrório cheio de razões e perigosos efeitos, mas vazio do amor reclamado. Calo. Amor... melhor calar sobre o que se desconhece.
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