Festa na Terra
08/08/14
As manchetes dos meios de comunicação, hoje, são unânimes: começa bombardeio aéreo dos Estados Unidos contra radicais sunitas no Iraque. Já foram xiitas ou afegãos ou coreanos ou judeus ou outros seres humanos a se rotularem disso ou daquilo. A violência está em nós e enquanto formos violentos continuarão as guerras por outros milênios . Não sou violento - poderia dizer alguém, todavia, nós, mais de sete bilhões resultamos, com nosso dia-a-dia, na sociedade. Se não formos violentos a sociedade não será violenta e guerrear, matar-se mutuamente, espumar de ódio por ideias, contra bandeiras, pessoas ou outras ideias, sem perceber que idéias são apenas idéias e não fatos. Amanhã completam-se 69 anos do bombardeio de Nagasaki. Três dias depois de ver os efeitos da primeira bomba atômica sobre uma cidade cheia de gente, Hiroshima, os mesmos Estados Unidos jogaram outra sobre aquela cidade. Tudo isto foi visto e mostrado de mil formas, os horrores da primeira e segunda grandes guerras foram ressaltados em livros e filmes, com suas piores maldades celebradas como marcos. Apesar de tudo, hoje, a grande nação da América do Norte começou outra guerra, mais uma, para algum grau de deleite dos fabricantes e fornecedores dos equipamentos usados para matar. Poderão dizer desta guerra arrastar-se já por muitos anos, ser ainda aquela mostrada como entretenimento pela tevê na década de noventa, mas pouco importa, além dela muitas outras são alimentadas em diferentes locais. Volta-me a imagem do final de uma canção, feita no auge da guerra fria: o planeta sucumbe ao pesadelo da explosão de todas as bombas atômicas simultaneamente: 'colorida desse jeito / hoje tem festa na Terra / comemoram com direito / o fim maior, o fim da guerra'. Infelizmente, não me lembro mais do começo desta canção. |
Fri, 8 Aug 2014 11:06:09 -0700 o que mais me chama a atencao nessa cronica eh q nos todos somos violentos, senao nao haveria guerra sem assinatura Pois é, mas 'contar com o tempo' é uma forma de adiar. Fri, 8 Aug 2014 15:26:03 -0300 Muito bom, gostei muito, muito muito mesmo. Impressionante como você consegue elaborar e escrever o que eu estava sentindo e não sabia expressar. Só não gostei muito do final, da citação da música, da qual me lembro, aliás: era uma marciana num disco voador vendo a explosão. Acho que o autor é o Maurício, né? Na época, cheguei a desenhar a tal marciana e a explosão da terra..... Apenas acho que a citação não combina com o todo da crônica maravilhosa. sem assinatura O pior é que concordo com você mas, na hora, queria um fecho e por gostar muito dessa imagem, pareceu-me bom. Agora, a Maren disse que a música é do Gil. Procurei no google e não veio Gil... deve ser mesmo do Maurício, como pensava. Fri, 8 Aug 2014 15:29:41 -0300 Pois é e o Obama ainda justificou o ataque na intenção de proteger os iraquianos de um genocídio. Você não acha ele um fofo? bj sem assinatura Vi um vídeo na internet dos tais fanáticos metralhando um bando de prisioneiros ajoelhados na imensidão de areias daqueles desertos. É terrível e imagina que cenas assim possam levá-lo a se sentir na "obrigação" de intervir, sem perceber que toda violência gera mais violência, como tem sido através dos tempos. Tue, 12 Aug 2014 22:52:44 -0300 É verdade, meu amigo, os Estados Unidos estão sempre envolvidos em quase todas as guerras, que, aliás, subsistem garantidas pelos armamentos fabricados por eles e que lhes garante a demanda para sua principal indústria e fonte de renda. Garantida a economia yankee, eles estão sempre engajados nos combates e, se não há nenhum, eles inventam algum. Dizem os astrólogos que são um país regido pelo planeta Marte, deus da guerra. Eu penso que são mesmo é PSICOBÉLICOS. Saudades ro Saudade também. Se nos olharmos sem fronteiras nem bandeiras somos uma só e a mesma humanidade, violenta, ainda com muito dos instintos animais. Fri, 15 Aug 2014 17:48:49 -0300 Sei lá porque... me lembrou uma canção lá do fundo do baú do quintal: sem assinatura Adorei reencontrar Festa no Céu, mas e quanto à outra canção, lá do final da crônica? |
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