basta um clique!
Publicação esporádica destinada a perder-se como berro de vaca que, todavia muge, apesar da inutilidade declarada de seu berro.
Frio tardio
01/12/00
"aspas"
"Gosto de ti nas avenidas e no mato, nas calçadas, nos cinemas, nos teatros."
Mônica Montoro, "Varal" Ed. Max Limonad, 1984
Faltam 20 dias para o início do verão. Vinte dias e algumas horas para o solstício de verão, para a noite mais curta deste ano, quando as terras do sul ficam mais tempo expostas ao sol. Alertam para o buraco aumentado sobre o pólo sul, para o excesso da radiação antes filtrada nos "bronzeadores" com "fator ozônio", espalhados na pele da Terra que irmanavam todas as peles sem melecar nenhuma. Alertam para os perigos de um sol inclemente.
Faltam vinte dias para este "máximo" - depois as noites serão mais longas, a cada dia, inexoravelmente, até o solstício do inverno, em junho. Apesar disso, faz frio. Não um frio insuportável, mas venta, a umidade é total e garoa, a temperatura deve estar, pelo que dizem as rádios, em torno dos 18 graus. A sensação é de um frio chato, acentuado pelo vento e umidade. O cão se encolhe num canto e procura abrigo também.
Não fazia parte do programa escolar ensinar porque o verão só começa quando acaba o período em que os dias vão sendo cada vez mais longos. É possível que durante esse período a parte da Terra que vai ficando mais exposta ao sol - o sul, se torne mais e mais aquecida, ou as águas, ou o ar. Sei lá, são explicações ausentes. Servem para provar que pode-se viver perfeitamente sem elas.
Que fique o registro desse dia frio e garoento no primeiro dia de dezembro. Alguns amigos e amigas parecem não acreditar quando, em pleno inverno, se diz que os dias frios acabam por se estender até novembro. Perguntam com ênfase especial: novembro? Agora, posso assegurar: novembro não, dezembro.
|home| |índice das crônicas| |mail|
