Oi Lulu,
Para começar, a mensagem que
gerou isso tudo. Depois as cartas vão das mais recentes
para as mais antigas...
(message)
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Resolvi responder perguntas que você não me fez antes: balas e doces nas bolsas melam e podem lambuzar tudo, mas daí até atrair barata é demais. Tenho umas 4 bolsas, mais umas 4 cestas, mas só uso a mesma mochila japonesa há 3 ANOS (e não 3 meses, como está no sítio, ou será que é outra pessoa?). O dinheiro não é o mais importante na bolsa, mas está sempre lá. Já esqueci minha bolsa no banheiro do aeroporto, com a carteira dentro e só encontrei a bolsa, sem carteira, dinheiro ou documento. O Vicente tinha 11 anos e estava comigo.
Quando conheci o meu atual marido, ele tinha
17 anos e usava aparelho móvel nos dentes, e eu, 22. Pra
me beijar, ele tirava o aparelho e queria que eu guardasse na
bolsa e eu, apaixonada, topava. Hoje, estrilo (Nelson Rodrigues
usaria esta palavra) para guardar a carteira dele e o celular
e só admito um ou outro, mesmo assim, de mau humor. Minha
mochila japonesa, que ele me deu, afinal, é pequena. Prefiro
bolsas pequenas, levo o excedente (agenda, etc.) na mão.
Lulu
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(message) Lembrei de outra história
de bolsa e não resisti: quando fiz 40 anos, resolvi comemorar
e, entre muito amigos, convidei os pais da melhor amiga da minha
filha, que são pessoas por quem tenho carinho, afinal,
recebem tão bem a minha filha, e afinidade zero, principalmente
estética... Ganhei da mãe da menina uma bolsa tiracolo
de couro, que todos elogiaram, que era coisa fina. E a amiga da
minha filha foi mais longe, dizendo: custou 100 reais!!!!!!!!
De cara, meu marido disse: você vai usar isso? Eu respondi
que sim, em ocasiões em que precisasse estar caretinha,
já que só uso a mesma velha etc. No dia da minha
mudança de casa, a bolsa estava lá, intacta, no
lugar onde ficou no dia do aniversário. Entreguei-a ao
meu marido com a recomendação de dar de presente
pra uma boa funcionária, ou pra minha sogra... Mudar de
estilo de bolsa é complicado, viu?
Lulu
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Quarta-feira, 24 de Setembro de 1997
14:02
Há muito tempo não vinha por
aqui, ocupada com criação literária múltipla
(geniais crônicas diárias, contos de aprendiz, digo,
aprendiza, no feminino). Quanta página nova, Clode, vou
precisar de dias pra explorar tudo isso!!! De quantos alqueires
de sítio você pretende se empossar? Ou será
que se diz apossar? Tenho um amigo professor que acha insuportável
preciosismos gramaticais que ninguém usa, feito aquele
programa da Cultura, que ele só gosta quando vira anúncio
de macintosh, digo, macdonald (é tudo a mesma coisa, quase).
Vai fundo, que sempre há espaço pra inteligência
(minha mãe dizia que é pra gentileza, e é
mesmo, pena que em geral ela não dê o ar da graça...)
Só ontem vi as outras páginas da Belezaria, adorei
aquela do sol no céu azul, e então me acho no direito
de te cobrar: logo que cheguei aqui pedi pra mudar este tom lilás
por um azul, e você me disse que já era azul. Tá,
então muda o tom do azul? Porque eu vejo lilás na
tela da Capitu... Que tal outro tom de azul, mais pra cor de olhos
de gato siamês? E, no lugar das rosinhas, um desenho seu,
um gato ou peixinhos... Alguma coisa aquática, já
que quem assina a página mora numa ilha... Pode? Ou é
abuso? Como é que funciona isso?
Beijos,
Lulu
Tue, 23 Sep 1997 21:54:35
Nossa, tentei passear por aqui, mas me perdi, quanta página!!!!!!
Roteiros, mulheres da academia... Não tô entendendo nada! Também, tô morrendo de sono, vou ter que voltar amanhã, mais acordada...
Beijos,
Lulu
Tue, 26 Aug 1997 09:14:43 -0300 (EST)
Mata Hari, gostei do que você escreveu.
As idéias mesquinhas e os papéis continuam os mesmo,
sim, e não é só no cristianismo, "como
nossos pais", já diria a canção que
Elis berrava do fundo do coração nos anos 70. Mas
dá pra mudar alguma coisa, sim, nas células, no
dia-a-dia de cada um/uma, bem formiguinha.
Lulu