desenho de MIMA no fim cada mania acha seu louco

Montanhas de dados

08/06/15

Estatística é uma coisa engraçada como esta palavra derivada de graça, embora ninguém ache estatística cheia de graça. Além de engraçada, estatísticas se tornaram fonte pródiga de assunto para o noticiário e a troça, como na história da vítima da estatística, que morreu ao pular num lago com profundidade média de três metros e bateu com a cabeça no fundo, trinta centímetros abaixo ali.

Vida, a palavra, aparece 677 vezes nos 1290 textos publicados aqui desde 18 de agosto de 1997 (duas vezes foi preciso usar o complemento "bis" por trapalhadas com a numeração). Já, mulher, sempre o vocábulo, aparece 520 vezes, enquanto homem, apenas 420. Segue assim um extenso relatório gerado por um programinha de computador.

Como se vê, mesmo sem instituto, com um simples software a se fingir de ibegeé, abundam dados para rechear informações, sejam ou não significativas, tenham ou não interesse para a platéia. Vivemos os tempos dos big data e aqui dados transbordam na contagem de caracteres, palavras, parágrafos, sinais de pontuação e "outros textos" - os demais pedaços de texto ou sinais utilizados na escrita - em uma lista com cerca de 41 mil itens!

Ora, mesmo aprendiz, um cronista não se mede por números e, tampouco, outros fatos passíveis de infindáveis medições. Como corolário da espantosa capacidade de contar dos computadores, hoje tudo se mede, tudo gera montanhas de dados e estatísticas, e delas, com facilidade, surgem reportagens e notícias a nos afogar num mar de números. Amiúde o jornalista mal presta atenção ao significado dos dados - se os compreende! - e limita-se a divulgá-los, a repetir os copiosos números aos leitores, ouvintes ou espectadores.

A vida, a mulher, o homem - e agora não falo do verbo - são muito mais vastos e ultrapassam de longe estatísticas.

Enquanto rabiscava isto, chegou-me ótima dica onde os big data resultam em surpreendentes conclusões.

Mon, 08 Jun 2015 11:43:33 -0700 (PDT)

clode,
tem alguem aih q gosta de numeros, estatisticas, etc? tah se divertindo com o programinha novo? legal!
bjs
Maren

Não é NOVO! Programinhas novos não são divertidos. Sou fã deste software há 18 anos, pelo menos. Cheguei a pedir ao Vi, há muitos anos, para comprar, mas acabou que me virei até hoje com as versões fornecidas pelos hackers. Existe um versão free, mas sem um recursos que comecei a usar no início e ela me obrigaria a refazer todos os arquivos...

Custava, lá atrás, US$20,00. Se interessar, eu conto.

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