Náufrago que jamais zarpou.
Risível homem do subsolo,
que sonho te impede dormir?
que mentiras dispersas?
que fumaças evitas
nesses titubeantes passos
nessa falsa corda,
nessa névoa bamba,
no porto do medo,
na porta da cuca
no parto de nada
Só.
Corrimento de palavras
oh, náufrago frágil
da nau que jamais zarpou.
23 December, 1994