Novos assédios
25/05/18
Se ligo o rádio em busca de notícias ou companhia, logo vem o assédio a me implorarem que lhes envie um Whatsapp a contar com sucedem-se as cousas cá onde estou ou a opinar sobre algum assunto por eles eleito como tema ou pauta. Não se aceita mais o meio por mim escolhido, o rádio, como exclusivo para a comunicação e logo se pressupõe um inevitável apêndice do homem moderno, o seu smartfone a estendê-lo por outras vias de interação. Se busco, nos diversos jornais existentes na internet, algum resumo do que vai pelo mundo digno de destaque como notícia, logo sou assediado e querem me exibir vídeos em vez dos textos ali procurados por mim. Frequentemente, tais vídeos mostram um apresentador, ou repórter, a narrar fatos como na televisão, com seus microfones fálicos. De novo, tentam me impingir meios outros, diferentes daquele procurado por mim. A televisão, há muito desisti de ligar, a concordar com Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, se tratar de uma "máquina de fazer doido". Quanto às interações por meio das redes sociais, afastei-me também, faz algum tempo, embora, volta e meia, escute alguém a opinar: você ia adorar o Whatsapp. Os novos meios de comunicação transformaram o mundo em uma aldeia global além das previsões de Marshall McLuhan e o cidadão global em um títere de novos cordéis. Uma das dimensões a separar as pessoas foi drasticamente reduzida e, outra vez, falamos do tempo, esta grandeza a desafiar a compreensão qual uma esfinge. A febre da intercomunicação e do compartilhamento, aliada à grande facilidade de documentação — o pequeno telefone é ao mesmo tempo câmara fotográfica, cinematográfica e gravador de som — modificou, e modifica ainda, profundamente os relacionamentos interpessoais e entre as pessoas e as organizações empresariais a moldar uma nova sociedade. |
Fri, 25 May 2018 04:59:42 -0300 bom dia! sem assinatura Velhos tem regimes de sono disparatados. Fri, 25 May 2018 08:00:17 -0300 É, amigo... Somos dois (provavelmente dois de muitos, é claro...) Acho possível, se continuar vivo por mais um tempo, que acabe gostando de televisão. Fri, 25 May 2018 09:19:13 -0300 Oi Claude, bom dia! Oi, Aida, bom dia (quase boa tarde). |
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