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O velho e o computador13/09/05Dizem que computador é cada vez mais "inteligente", capaz de espionar quem quer que seja e quem não o quer, também. Poderiam bisbilhotar a partir do ventre da CIA ou da bolsa da empregada domestica. Asseveram-nos capazes de aprender, embora o mais difícil seja dotar homens desta capacidade. Saberiam tomar decisões e nisso e naquilo lhes é fácil superar humanos. Diante disso tudo, resolvi cá com meus fantasmas subordinados, e com os insubordinados também, que máquinas tão sabidas precisam aprender a ter paciência com os velhos, com quem não consegue trocar idéias em várias salas de bate-papo, ouvir música e conversar ao telefone tudo ao mesmo tempo, enquanto procura um bom filme para ir com a turma... Não sei se há máquinas com dotes psicológicos, que analisem o humor do usuário - processadores psintel - e que, em perigo, tomariam lá suas precauções, se é que pode haver risco ou perigo para bytes e bits. São máquina também. Copio a toda hora o que me interessa - pouquíssima coisa - e, assim, fico livre para lidar com o bicho sem frescura. Sensação deliciosa! Antivírus? Para quê? Há muito não uso. Pode ser sem proteção. Restauração de sistema, relatório de erros, desligo tudo que enche, toda baboseira. Em caso de chateação maior, instalo tudo outra vez e... tudo virgem a cada semana ou dez dias. Mil vantagens! All shareware free again! Again and again, like in the music! O instrumento didático mais importante - se é que uma máquina pode aprender -, no entanto, é o mais simples. Velho instrumento conhecido dos velhos: o interruptor. De resposta instantânea, não questiona ordens, as cumpre. É hard, o mais elementar. Em verdade, o brucutu dos hardwares. Lição número um: encheu? desligue. Pronto. Somem todos os problemas como em passe de mágica. Agora, não levo mais desaforo de computador pra casa. inspirada por uma amiga |
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