"O jeito é rir, e pensar só nos bons momentos e nas pessoas legais que conhecemos, pois no final, as empresas se vão e ficam só as pessoas!"
A frase chegou e materializou-se na tela, depois de ter sido baites e bits, impulsos, sons e sei lá que mais. Veio por correio eletrônico. Pensei em mandar, na hora, como verdade subjetiva, para o senhor Gates, em seu E-mail Address: askbill@microsoft.com, único público. Aí, me lembrei de uma vez que tentei falar com a Microsoft, pela Internet, como último esforço de preservar a integridade física do computador... Cheguei ao site da empresa a tal "que se vai". Você não está falando com ninguém, apenas com um computador idiota, cuidadosamente programado para encher o saco. Antes do quarto ou quinto questionário qualquer pessoa normal desiste. Muito, mas muito antes da máquina infernal e super segura permitir que se diga o que se quer dizer. Os tarados por vídeo games - imagino que só os fanáticos por esses jogos, pois no site é tudo por etapas e conquistas para conseguir passar à próxima tela - esses, os tarados, provavelmente, ao atingirem o objetivo do jogo, ou seja: ao chegar à página onde, finalmente, é permitido escrever, com certeza também já esqueceram o que queriam reclamar.
Às vezes, meu texto - e também falo assim! - me lembra uma daquela expressões matemáticas, que tem um parêntese, dentro de um colchete, dentro de uma chave, dentro de... O grande problema é conseguir fechar tudo, depois. Mas, não resisto e abro mais um: Jung cogitava da existência de significativa coincidência entre o nome e a pessoa. No livro Sincronicidade, cita vários exemplos, da época, entre os quais seu próprio nome, que significa "o jovem". Referia-se, suponho, ao espírito jovem, já que ao escrever isso não era nenhum jovem. Ou havia outros significados, em alemão, não traduzidos. Pois bem: não era minha intenção falar das dificuldades de acesso à Microsoft, nem de toda neurose que essa empresa tem com acessos, senhas, seguranças, etc. Falei, aí percebi que o nome de tio Bill significa "portão, porteira, cancela, etc." Fecho este, pelo menos.
Desisti, pois, de perguntar qualquer coisa ao Bill, inclusive porque, não faria uma pergunta, e os próprio endereço é explícito: ask Bill! Não asco, não asco, não asco, que asco! Se fosse para dizer, diria apenas: veja só como pode ser subjetiva a verdade... Você aí, certo de que as pessoas passam e as empresas ficam...
Espero que meus quatro leitores fiéis - vejam a injustiça!
Um único homem, e as regras me obrigam a omitir a esmagadora
maioria feminina - que elas, e ele, não se apressem a tirar
conclusões. Voltemos à frase do bilhete. Começa
com uma solução: "o jeito é rir".
Acho que isso ela vai conseguir. Disse que o tal bilhete veio
assinado com um nome de mulher? Ela conseguiria, creio, porque
pessoas com sapatos de cromo alemão - não são
cromados como os da passista da escola de samba, não, dona
Sabrina - gravatas italianas de seda pura, e punhos e colarinhos
duros, diriam com um leve ar zombeteiro: - ha, ha, essa aí
parece que nunca viu numa placa de bronze: "de pai para
filho desde 1789", e um outro, retrucaria: e a Railroads
& Television of the Seven Seas on the World Inc. Co. Ltd.,
hein, hein? Há quantos séculos está aí,
firme? Certamente haveria um, para lembrar a provecta idade da
Companhia de Jesus e, com isso todos dariam grandes risadas.
E agora, Maria? Você também acha que as pessoas passam
e as empresas ficam? E agora, José? Mas quem são
as pessoas? Não somo nós? Todos. Todos nós,
que há milhares, milhões de anos crescemos e nos
multiplicamos sobre o minúsculo Planeta?
13