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Sandices22/08/07Despencam os sinais e apalpamos a escuridão com medo de olhar. Ecoou, de leitora anônima e iluminada, luz esclarecedora sobre as sandices de ontem de um aprendiz demente que não mente:
... e eu, com catarata mental, preocupado com indefesas leitoras de fora, não, dona Sabrina, não se trata de leitoras com essa ou aquela parte de fora e, sim, das que vivem acolá, além das trincheiras e fronteiras bravamente defendidas por vossa bandeira, vosso hino, vosso escudo e coisa e tal, a má do Brazil e a boa de quem saiu. Todavia, a de fora captou como se fora moradora da Rocinha ou da Mooca ou de Viamão e saiu com seu violão e samba e nota e denota e diz contradiz por um triz que a Suprema Corte, em densa coorte, sem medo de corte e contando com sorte abriu lá seus alçapões e lhe caíram, de repente, quarenta ladrões! Quarenta, dona Sabrina, coelho na cabeça e o aprendiz míope esperou tanto o quadragésimo Ministro para que se cumprisse a fábula e se abrisse o esconderijo de Ali Lulá! Ah, miopia que me cega! E os quarenta lá! O mundo é doido, como diz a amiga - mundo nós! Evacue-se o mundo da humanidade e tudo sana. Já a palavra, como qualquer peçonha, contamina e eis que todo congresso levanta suspeição, até o mais antigo, patriarca de todos, o congresso carnal. E em outra volta que revira e revolta do carrossel a valsar sob o acordeom, ouço, ao pé do ouvido, Primo Nicolau que cochicha: 'Aquela é professora de sensualidade (sic), a outra, sexóloga, há o especialista nas disfunções eréteis e muitos mais - como fizeram os animais para ainda existir?' O pombo não deixa a pomba em paz - ela voa. O cão insiste, a cadela senta. |
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