Sinsalabim!
Abracadabra!
E você, que era bela,
Vira quase macabra.
Ah, os véus de que falávamos
sem podê-los pressentir!...
Ah, as cinzas que sobram
de tantos fogos queimados!...
Foi mesmo você mesmo,
quem me perturbou assim?
Agora, escorrido o langor,
a maciez, o tesão, resta o quê?
A feiticeira estereotipada,
estropiada, feia e capaz de ser má.
Abracadabra! Sinsalabim!
Quero você longe de mim.
GV, 14/07/96