banal
astrônomos, há séculos,
milênios talvez,
migram de suas casas,
de seus bairros, de suas cidades,
do diz-que-diz da novela da oito,
do faz e refaz da pia da cozinha,
da servidão do corpo ao império do prazer -
de tudo isto e do mais também
para a amplidão de um espaço
sem fronteira, sem ponto final
sequer para a imaginação,
onde corpos a não poder contar
se atraem, se repelem e se estendem...
até onde? mais...
além sempre pode haver mais...
e hoje, desta amplidão
contemplam a posição singular
deste satélite Terra, do Sol,
num vértice de seu caminho elipse
a assinalar mais um solstício,
banal como os limites
de um movimento pendular.
22 de dezembro de 2007 - 6 horas e 8 minutos (GMT)
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