... de teimoso, sim, uma vez que, pelo combinado
no equinócio da Primavera,
agora seria a hora de apagar todo este recanto do sítio.
Que fique por mais uma estação. Como daquela vez,
as imagens, não foram atualizadas, mas há indicações
para os sítios que as fornecem, caso você queira
ver, por exemplo, a Terra neste solstício. Há, também,
um índice das páginas
ligadas às efemérides...
A explicação da página "explicação"
tinha, até este solstício, um erro, ao confundir
o solstício com a passagem da Terra pelo vértice
da órbita. Os dois pontos são muito próximos,
mas há uma pequena diferença entre suas posições
e, portanto, as datas também, como se pode ver nesta bela
ilustração do livro "Astronomia Popular".
Nele-se aprenede que as passagens pelos vértices da órbita
correspondem aos dias 2 de janeiro e 2 de julho, cerca de onze
dias depois dos solstícios de verão e inverno...
[ volta ]
Ilustração tirada do livro Astronomia
Popular, de Camille Flammarion, tradução de Astronomie
Populaire, editada em Lisboa pela Companhia Nacional Editora,
infelizmente sem data. Alguns indícios, porém, podem
dar uma idéia aproximada da época do livro, pois
é de um tempo em que se escrevia sciencia, mappa, céo
e cita, como correspondente do autor, no Brasil, "o senhor
José Brazilício de Souza, em Desterro, provincia
de Santa Catharina..." Há uma assinatura na ilustração
do frontispício que indica março de 90 e, a certa
altura, diz o autor: "Quando na nossa épocha se
apresenta algum phenomeno curioso, esse phenomeno é observado
em toda parte. Quando se deu o eclipse total da Lua em 28 de janeiro
de 1888 recebemos 64 relatórios ou desenhos que se referiam
ao acontecimento." Se você quiser ver a versão
moderna desta ilustração, cilique aqui.
No livro, explica-se que as dimensões da Terra
e do Sol não foram respeitadas para maior clareza... A
linha dos solstícios está horizontal, nesta página.
A outra, um pouco inclinada, é a linha das apsides
ou Eixo Maior da Elipse. Em seus extremos estão
indicados o afélio e o periélio. Afélio
corresponde ao ponto mais afastado do sol e periélio,
é óbvio, ao mais próximo. Para nós,
ao sul do equador, a primavera e o verão são um
pouco mais curtos do que o inverno e o outono. Os dois primeiros
duram 178 dias e 20 horas e as outras duas estações,
186 dias e 10 horas. Por outro lado, a Terra está um pouquinho
mais perto do Sol no solstício de dezembro: 147,1 milhões
de quilômetros contra os 152,1 do solstício de junho.
São meros 5 milhões de quilômetros, pouco
mais de 2%...
Essa diferença existe porque a Terra descreve
uma elipse ao redor do Sol, e não, um círculo e
nossa estrela está em um dos focos dessa elipse, não
em seu centro. Parece complicado? Veja como é simples.
Para traçar uma elipse basta fincar duas estacas no chão
e riscar, com a ajuda de um barbante, conforme mostra a ilustração
tirada do mesmo livro...
Quanto mais próximas as duas estacas, mais
a elipse se aproximará de um círculo (quando elas
coincidem em uma única estaca, temos o círculo -
caso limite!) Para a Terra, já se viu que a diferença
é muito pequena, os tais cinco milhões de quilômetros.
Agora aproveite as figuras e tente imaginar: o Sol ocupa não
o centro, em O, mas uma das "estacas" (os focos
da elipse) F, digamos. Quando passa mais próxima
do Sol, a Terra se desloca mais rápido (por isso a diferença
de dias). Quando percorre o outro trecho, à esquerda nos
desenhos, ela se desloca mais devagar. Note que a indicação
das estações no desenho grande só vale para
quem está no hemisfério norte. Para nós,
ao sul do equador, tudo se inverte. O polo que se vê no
desenho é o polo norte...
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O erro da página original foi mantido. Esta foi construída como prolongamento de outra...