Aquarela do autor

de esporadicidade imprevisível

Ao sabor dos acontecimentos

13/06/18

Uma semana e um dia antes do solstício anuncia-se neste recanto tropical a chegada de uma nova frente fria. Prometem chuva, vento, frio e mar agitado. Ontem, porém, tivemos por aqui céu azul e sol beleza, um dia quente com máxima de 33 centígrados uma semana e um dia antes do inverno. Costumam mesmo ser mais quentes os dias que antecedem as frentes frias.

A vida mudou demais em pouco tempo, em menos de um século o que era deixou de ser e as novidades ainda não se fizeram compreender. Se continuar a transformar-se cada vez mais rápido, como tem sido, por certo haverá descompasso entre recursos disponíveis e capacidade de os aproveitar.

Neste recanto austral do mundo, por tanto tempo abandonado a si mesmo, as coisas parecem ir de mal a pior. Os analistas econômicos talvez não atentem a um indicador sutil do aumento da miséria: as chamadas insistentes através do telefone com ofertas de serviços e produtos. Sem dúvida o assédio intensificado dos robôs vendedores confirma queda nas vendas, apertos financeiros, falta de bufunfa.

Outrossim, aumentou-me igualmente o assédio através de junk mail. Parece-me ter dobrado a quantidade de mensagens com ofertas ilustradas e arapucas para cliques. Ignoro se é possível atribuir uma maior insistência dos hackers a escassez monetária.

Surpreendentemente, o dia amanheceu encoberto mas, aos poucos, o sol encontrou brechas entre as nuvens e logo acenou com luz e calor. Não choveu, por enquanto, e o calor permanece. A previsão de chegada da frente fria foi adiada, mas o inverno virá.

Antes dele, chegará o circo da Copa do Mundo, pois não há pão para todos. Por aqui, passado o tempo das baixas temperaturas, fruto da sucessão de frentes frias, outro circo se armará, a grande farsa das eleições gerais.

Falta uma semana e um dia para o solstício de junho.

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