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 Wednesday, April 30, 2008 10:34 AM

quem foi o idota ou a idiota que te fez esta pergunta cretina??? Fale do que você quiser, ora, ora, ora!!!! Aliás, o assunto sobre o qual você escreve melhor é a natureza. Veja meus comentários abaixo:

                       Viva a vida!

                         30/04/08

Perguntaram-me se não canso de falar do tempo e do cão, com eventuais pitadas de nuvens e folhagens. Ainda não, responderia com sinceridade ao leitor - ou seria leitora? -, ainda me agrada falar ADOREI ESTE ARGUMENTO SEU: da vida ao alcance dos olhos (GENIAL ESTA EXPRESSÃO, VIDA AO ALCANCE DOS OLHOS), embora falar do tempo, das condições climáticas, seja sinônimo de falta de assunto ou pretexto para abordar um desconhecido ou a bela que se quer conhecer. O frio, a chuva, a canícula e outros meteoros costumam ser o fio primeiro a puxar conversa com quem não se conhece.

Vou me cansar, é claro, da falta de assunto. Cansou-me antes, porém, falar das intrigas e futricas que tecem as relações dos homens. (ISSO, CANSA MESMO) Não me ocorre falar dos assuntos das manchetes, (PELAMORDIDEUS, NÃO FALE MESMO, ISSO É CHATÍSSIMO! E TODO MUNDO FALA DISSO O TEMPO TODO) com os quais os mais diversos interesses tentam moldar emoções e pensamento de uma coletividade. Não saberia comentar política ou políticos, meter o bedelho em crimes horripilantes ou saborear com disfarçada inveja ostentações dos ricos ou famosos.

Além do mais, não saberia fazer crônica policial nem esportiva, como não soube ser repórter-fotográfico, pois me foi impossível, frente a um evento grave - um acidente, a humilhação do mais fraco etc. -, restringir-me a documentar. (VOCÊ É O MÁXIMO!)Outros temas ocorreriam naturalmente de um perambular entre pessoas, onde quer que fosse. Mas retirei-me e, hoje, vivo como eremita, por opção.

Ainda assim, jamais deleitar-me-ia em delatar corrupções - não julgo nem fiscalizo ninguém - e, muito menos, iria me proclamar metralhadora giratória em pose de Vesta impávida a navegar um mar de lama ou de outros fluidos menos declináveis. (TEM UM MONTE DE GENTE SE METENDO A FAZER ISSO O TEMPO TODO, TODO MUNDO SABE CRITICAR TODO MUNDO, RESOLVER OS PROBLEMAS ALHEIOS)

A vida e sua pujança, sua garra em perpetuar-se, do ser microscópico capaz de nos derrubar (ADOREI ISSO)à árvore monumental que nos sobreviverá, a vida viceja alheia às mazelas humanas, aos feitos eleitos para confeccionar manchetes e, se acabarmos com tudo, na certa ela voltará.

(GENIAL, OUÇA AS PALMAS! ESTA PARTE FINAL ME LEMBRA UMA NOITTE NA MINHA INFANCIA EM QUE VC ME DISSE QUE AS ESTRELAS ESTAO LA SEM NEM SE IMPORTAR QUE AQUI É ANO NOVO OU QUE DATA FOR, QUE A VIDA SEGUE INDEPENDENTE DAS DATAS E COISAS ESTIPULADAS POR NÓS, HUMANOS. BELA LIÇÃO!)

      sem assinatura


Nada a dizer de seus carinhosos comentários entremeados no corpo da crônica, deles me resta corar. Pouco importa quem comentou, é impossível adivinhar suas razões. Na certa foram as mais nobres, cuidados e zelos de bem-querer. Mesmo que me propusesse, não saberia falar do que não me toca. E, ressalve-se: apenas aproveitei uma frase fortuita para elucubrar sobre o cronicar..

      cronistaprendiz

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