foto de 5 de dezembro de 2015

Dezessete

17/02/17

Dezessete de fevereiro de dois mil e dezessete. No Jogo do Bicho, dezessete é Macaco, no grupo e Cachorro, se considerado na dezena, centena ou milhar. Dois bichos com fortes vínculos com o Homem, embora por vias bem diferentes.

Com tais associações, vai a mente humana tecendo fantasias, criando superstições, hipostasiando deusas e deuses, erigindo religiões e mundos fictícios fundamentados em meras suposições.

Uma coincidência numérica banal e sem significado algum parece sublinhar um dado número, dezessete, e logo buscamos uma relação qualquer, uma explicação fictícia, uma relação suposta para tecer histórias e elaborar hipóteses.

Desde a iniciativa de jogar nos números relacionados aos animais, macaco e cachorro, qualquer que seja a loteria, até a "explicação" de eventuais comportamentos ou fatos, relacionando as características daqueles animais, toda trama ase mostrar nos teares da imaginação fascina.

O bicho homem é atraído por uma boa história tanto ou mais do que pela visão e aroma de uma comida saborosa. Com que facilidade se poderia lembrar da solução dada por Gauss para o cálculo do lado do polígono de dezessete lados, fato por ele próprio considerado o feito mais relevante de sua vida de matemático, descobridor, ao mesmo tempo que Newton, do Cálculo Infinitesimal!

E, com nosso natural fascínio por enredos e detalhes de mexericos, gostaríamos de saber ter ele próprio sugerido o desenho daquele polígono como epitáfio para seu túmulo.

Outras lucubrações matemáticas se poderiam agregar à coincidência idiota de serem o dia e a dezena do ano iguais, como ser o dezessete um primo ou, na notação hexadecimal, comum nas linguagens de programação, igual a onze, etc..

Todavia, sejamos francos, a data de hoje, uma sexta-feira ensolarada no Rio de Janeiro, serviu apenas de pretexto.

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