Outro dia, ouvi pelo rádio, como citação de uma psicóloga, também ela assídua nos chamados debates daquela emissora, algo a merecer destaque aqui, como o foi lá pelo debatedor, um homem. Não sei os nomes das pessoas mencionadas por não respeitar mais as atuais radiotransmissões. Deixo o aparelho ligado, quase apenas como barulho de fundo, aliás, em parte, é mesmo para abafar o contínuo ruído de fundo local, dos inúmeros motores elétricos dos prédios vizinhos.

Uma psicóloga, pois, teria aconselhado ao debatedor: eu sempre digo a uma mulher para não tentar entender um homem com sua cabeça de mulher e vice-versa, os homens não devem tentar entender uma mulher com suas cabeças de homem. Sendo universos tão diferentes, é impossível a um alcançar o outro. (Não é uma citação ipsis litteris.)

Perguntei-me: seriam mesmo tão distintos o funcionamento das "cabeças" feminina e masculina, independente do assunto tratado? Cabe salientar que, ao mencionar cabeças fica implícito razão e emoção. Uma cabeça age subordinada aos dois fatores, misturados segundo idiossincrasias.

Várias vezes intuí mais ou menos o que a psicóloga verbalizou, porém, em relação a situações específicas. Ocorria-me: neste assunto não há como uma mulher compreender tal atitude de um homem, e vice-versa. Para outros temas, todavia, achava indiferente, quanto a capacidade de compreensão, o gênero cerebral.

autora: Anucha

O ápice, me parece, da dificuldade apontada pela psicóloga, se dá exatamente no relacionamento amoroso heterossexual, quando milênios de condicionamento moral e hormonal nos obrigam a reagir segundo o sexo. A escola não ensina aos pequenos a existência desta diferença nem aborda meios para com ela lidar. Empatia não consta de currículos escolares. A consequência surge no difícil aprendizado da convivência reprodutiva.

Mon, 9 Jul 2018 11:00:15 -0300

gostei. d crônica, do desenho da Anucha (que não conhecia) da sua aquarela (que conhecia).
Milênios não está concordando direito com obriga, lá no final. Deve ser obrigam.
Me lembrei da época em que você queria fazer um livro sobre as diferencas cerebrais entre homens e mulheres. Cheou a falar em fazer um almanaque e eu, animada a participar. Ainda tinha ímpetos de ser escritora.

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Obrigado, por ter gostado e pelo copidesque.

O desenho de Anucha já fora publicado, no milênio passado, em um aniversário dela, mas como gosto muito resolvi republicá-lo.

Agora, você se lembrou de algo que eu esquecera de todo... um almanaque sobre algo que sempre me intrigou. Você é uma escritora, de fato.

Thu, 19 Jul 2018 13:22:11 -0300

Parabens

Parabens

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Merci.