Segue o planeta sua sina, gira e cria assim seu eixo e roda à roda do Sol a espantosos 108 mil quilômetros por hora, mais ou menos, pois a velocidade varia um pouquinho ao redor de cada solstício. Agora, ao nos aproximarmos de dezembro, de seu dia 22, a Terra tem maior velocidade, enquanto em maio, junho, julho, mais distante do Sol, vai um pouquinho mais devagar. E desta perspectiva astronômica, seguimos sem sobressaltos e tudo flui como previsto.

Já no humano mundo sublunar, seguimos aos solavancos, como se pode observar na vida ao redor ou nas manchetes e alarmes dos jornais, sejam eles à antiga, disponíveis na banca de revistas (como quis Caetano) ou no mundo paralelo, materializado em telas de todo tipo e tamanho (e outro dia ainda eu me maravilhava com a invenção do LED, o diodo emissor de luz...)

São bombas e bombardeios, imensos desastres, destruições no planeta, maldades indizíveis e tantos outros feitos desta humanidade fértil no leito e nas ideias, mas tocada por instintos arquetípicos mesclados a fantasias e devaneios elaborados por um cérebro capaz de imaginar muito além de sua competência para compreender.

A mesma humanidade que criou a fantástica aventura do transistor aos modernos processadores, do rádio de pilha ao computador chamado de telefone celular e tudo mais advindo do gigantesco salto tecnológico, continua a aperfeiçoar modos de matar outros homens e olha com naturalidade (como se fosse natural!) a guerra, o "inimigo", a disputa de território e idéias, disfarçadas de bandeira, religião, raça ou, simplesmente, posses.

O solstício de dezembro trará o verão e o inverno como sempre, frios e calores espantarão os homens como sempre e a vida seguirá seu ciclo fascinante de nascer e morrer. Já o que faremos nós, seres humanos, é mais difícil de prever...

Tue, 17 Nov 2015 14:46:06 -0200

LINDO, BRILHANTE, LUMINOSO! E que lucidez..........

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Merci.

Wed, 18 Nov 2015 18:14:51 -0200

Como sempre, um texto pequetito
pero cumplidor. Sim, tá tudo lá.

respeitosamente... o q veio depois.


O solstício de dezembro trará o verão e o inverno como sempre, frios e calores espantarão os homens como sempre e a vida seguirá seu ciclo fascinante de nascer e morrer.

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Quanto ao tamanho, há muito estabeleci um padrão inspirado pelos "editoriais" da Folha de então, quando vinham empilhados três em uma coluna central da página dois. As pessoas não têm paciência para ler longas discertações nem eu para as escrever.

     (as primeiras crônicas tinha o triplo do tamanho...)

De novo pergunto: o que veio depois, o quê?

Thu, 19 Nov 2015 10:23:43 -0800 (PST)

Clode
tao bonito
vc o super sensivel
eu sou tao sensivel as mudancas e nuances da luz natural
reparo q fico encantado com uma certa luminosida q modifica tonalidades na natureza, mostro a outros q olham sem muito espanto ...

eu sei q eu aprendi a "ver" com vc ... mirmao, ser muito, extremamente mesmo, visual ...
bjs

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Nós somos mesmo, o animal homem se apóia no olhar como o cão em seu olfato....
A luz nos é uma "perfumaria"...

Thu, 26 Nov 2015 18:18:04 -0200

Sempre uma delícia tudo o que você
escreve a respeito do vem e vai dos
mares, ventos e outras coisitas mais...

Sempre espero receber o que você escreve.
Não me leve falta, hein?!

bjo, mermão

Que delícia: "não me leve falta"!