Quinze horas e vinte minutos. Acendem-se amarelíssimas as lâmpadas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, testemunho inequívoco da espessura das camadas de nuvens sobre nossas cabeças.

Véspera do inverno - quatro, cinco... dez pingos diminutos por metro quadrado, mas a chuva não vem ainda, apesar de prometida com, passada a intempérie, um forte resfriamento. O dia escureceu cedo, a noite será longa...

Agora, o solstício dá a largada para o inverno no hemisfério sul enquanto, pelo rádio, me parece perceber um certo charme irônico na reclamação veemente de um repórter do "calor insuportável" em Paris - é verão no hemisfério norte, viva!

Há vinte anos, ainda engatinhando, a internet levou a observar: "Essa rede, essa teia, essa malha desenhou e tornou mais palpável nossa casa maior, nosso planeta e hotel."

Passadas duas décadas, percebe-se melhor o quanto a possibilidade de interligar todos e tudo modificou profundamente nossas vidas e o mundo ao redor.

Talvez você ache mais decisiva nesta tremenda revolução o aparecimento do iPhone, há apenas dez anos. Pode ser, não sei, mas o tsunami de inovações ainda não se recolheu de volta ao vasto leito do oceano...

Almejar uma costura impecável por meio da teia do tamanho do mundo (World Wide Web), como se aventou naquela ocasião, a unir todas as "células de um corpo humanidade", ignora a natureza mesma de cada célula, de cada um de nós, difíceis nos relacionamentos mais próximos, com as pessoas mais queridas.

Há milênios se apregoa a necessidade de uma transformação do indivíduo, fruto não das maravilhas da ciência ou da tecnologia, mas do autoconhecimento promovido por cada um em si.

Para tanto, quantos milhares de solstícios, como este de 21 de junho de 2017 (às quatro horas, 23 minutos e 42 segundos, horário universal) serão necessários?

Wed, 21 Jun 2017 08:35:21 -0300

Adorei!
O link sobre o iPhone é muito bom, e também a talecinha de calcular solxtícios!
Obrigada
Bjs
Ana

Que bom!
Bom inverno rumo à Primavera!

Wed, 21 Jun 2017 09:26:40 -0300

Clode amigo querido,

Aqui está você presente nesse solsticio de inverno tão confuso. Enquanto aqui em São Paulo faz um frio digno de inverno, no Rio uma tempestade nada invernal e em Portugal o calor chegou com força tal que uma tempestade seca provoca um incêndio de proporções nunca dantes na história daquele pais.
Acho mesmo que o clima está mudando com uma certa violência, isso me assusta!
Catastrofes a parte, feliz inverno para você.

Beijo

Mané

Grande e inesquecível Mané!

Sem dúvida você é uma das razões para a persistência de minha presença a celebrar efemérides: quando a preguiça ameaça logo lembro de você e ponho mãos à obra.
É um elo incomum em uma amizade verdadeira, talvez, mas assim se tecem nossas relações.

Ótimo "apanhado" das diferentes "intempéries" a açoitar as cidade , os países, o planeta. A ação do ser humano desequilibra clima e meios de sobrevivência enquanto seguimos sem saber para aonde e sem muita consciência. A mudança do clima assusta mesmo.

Thu, 22 Jun 2017 19:30:53 -0300

Bom encontrar você por aqui, no meio desta sua cidade Carioca totalmente. Saudades desse povo ai... Por aqui temos um tanto de frio e, ao que parece, a partir de agora tudo isso só deve esfriar pra todos os lados.
E o seu lance de tentar vender aquele pedaço de chão perto da Rodovia. Alguma novidade à vista? Tomara. Estou na torcida.
No mais, como vai o vai e vem por aí? Alguma boa notícia?
Tôu de olho.... digamos.

beijos, Manu....
dê notícias...

E boa sorte, claro.!

bjo

      sem assinatura

Manonovo!

Ótimo ouvir de novo sua voz. Você está no Rio? Pareceu-me por um instante, mas já vi as suas saudades...

Sim, como se assinalou, o inverno começou e o normal seria mesmo esfriar, apesar do Trump...

Estamos tentando vender a casa, mas por enquanto nada...

Por aqui a coisas seguem como sempre, o mar logo ali, ora mais agitado, ora meio adormecido, o vento vindo do sul, sem obstáculos, para acentuar a sensação de frio...

Wed, 28 Jun 2017 15:16:36 -0700 (PDT)

gostei tanto desse titulo ...
gostei muito desse paragrafo
Almejar uma costura impecável por meio da teia do tamanho do mundo (World Wide Web), como se aventou naquela ocasião, a unir todas as "células de um corpo humanidade", ignora a natureza mesma de cada célula, de cada um de nós, difíceis nos relacionamentos mais próximos, com as pessoas mais queridas.

      sem assinatura

Que bom!
As palavras entre aspas são da croniquim de 1999. Aliás, a ideia embutida no parágrafo também.
Fico contente quando você gosta.