Crônica do dia

O oobaversodr

19/09/03

A mensagem que repassei e dizia não ipomatrr a odrem das lrteas na plravaa dsdee que a piremria e útmlia mnvaeistsem o lgaur crteo ecoou bem mais do que podia imaginar.

Entre as respostas, a maioria cuidadosamente embaralhada, uma assinalava que a coisa não é tão simples e destacava a importância do contexto na captação do sentido. Citava "a famosa Gestalt" para lembrar que a mesma capacidade que possibilita ler aquelas "pravalas" se torna vilã na revisão de textos. Outra, dizia: "engraçado, recebi este mesmo e-mail em inglês e em italiano." O meu, veio de Espanha.

Ao que parece, a surpresa vem de se estar sempre desatento de si.Quase nunca se presta atenção em si mesmo e, sim, no que se faz ou no que se deseja ou nos compromissos ou nos planos, projetos, sonhos etc. É muito raro ser observador de si e, as frases embaralhadas nos espantam ao provar que para entender, basta uma fração da informação habitual.

Sempre nos deslumbramos com as capacidades do cérebro humano, até mesmo quando são usadas para transformar boeings com os tanques repletos em mísseis "guiados" ou jovens cheios de tesão e energia em batalhões de robôs idiotas e teleguiados.

A muitas respostas respondi com uma imagem da metade de cima das letras de uma frase qualquer. A "meia-frase" é perfeitamente legível. Vi isso, há muito, numa revista de artes gráficas. Lá se cortavam diferentes partes de letras e frases para estudar legibilidade e arte. A parte de cima é mais importante do que a de baixo.

Hoje cedo, o rádio estava ligado longe, quase inaudível. De repente, me dei conta de poder compreender as noticias que "já sabia"! As outras, não. Não que identificasse o assunto, sobre o que se falava, não. Podia ouvir normalmente a notícia, entender as palavras, o que se dizia. O melhor nisso tudo é o ser observador de si.

 

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