Todo broto, todo ser no nascedouro, qualquer vida a principiar esbanja delicadeza e pujança. Até a borboleta, ao emergir como adulta, após muitas etapas desde o ovo (algumas apenas para se reproduzir, sem se alimentar!) tem, ao romper a crisálida, esse vigor aliado a fragilidade, tão contundente nos filhotes, sejam os nossos ou de outros animais.

É esta essência deslumbrante que tentamos transferir ao ano novo, à data convencionada em um calendário arbitrário ("poderia ser qualquer dia, né" - observa um leitor). Com este sentimento do vigor e fragilidade da vida incipiente, erigimos esperanças e quimeras revestidas de muita superstição. Na passagem do planeta por um trecho singular de sua órbita, onde o ano muda ao sabor das horas, na contagem gregoriana.

Visto da Terra, o Sol aparece contra a constelação de Sagitário (não Capricórnio, como quer a astrologia). Visto do mar, ele se reparte em infindáveis lampejos momentâneos no tremeluzir das marolas.

Ao norte do equador a data celebra tempos frios, a neve e seus cristais mirabolantes, a sábia hibernação de muitos animais. É a natureza recolhida a preparar a primavera. Ao sul daquela linha virtual, ao contrário, a passagem é em pleno verão de sol a pino e temperaturas inclementes, em celebrações solares e carnavalescas.

Encaramos a data como um marco a assinalar um início. Vemos o começo de algo novo, seja o que for, segundo desejos e inclinações. Queremos superar dificuldades, afastar tudo nefasto, preparar terreno para novos feitos, novas colheitas, novos sucessos na busca frenética de uma suposta felicidade.

fogos na celebração - da internet

A vida, no entanto, se tece de nosso viver e, por sermos quem somos ela, provavelmente, continuará a ser como é, e iremos rumo ao próximo marco de renovação de esperanças e esbanjamento de alvíssaras, na passagem de 2017 para 2018.

Mon, 2 Jan 2017 12:14:39 -0200

Ano sucede ano
Crônica imbrica crônica
Assim esquecemos o Tempo
Que sem adjetivos
Kubrusly
Nos recorda
Do impreciso caminhar



Obrigado

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Que lindo!

Obrigado fico eu.

Um poema...

Caminhemos enquanto possível, pois!

Mon, 2 Jan 2017 14:44:55 -0800 (PST)

saude, saude, saude ... o resto vem dps
como dizia o papai

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Obrigado e devolvo-lhe os votos.

Nosso sábio pai...

É o que importa, o resto é consequência.

Mon, 2 Jan 2017 21:08:13 -0200

Mais entendo do que sinto a necessidade do Homo Simbolicus por datas e efemérides. No meu intimo, acho irrelevante esses números, cuja origem está num evento que nem acredito ter ocorrido http://dailym.ai/1mR99t6 . Mas estar com familiares e amigos é bom, e vai ver que está ai o sentido da coisa...

Um ótimo 2017 para Vc!

Grande abraço.

Ebert

Acredito compreender-te.
O convívio com as pessoas, sim, é o que importa.
Como ouvi por aí: que 2017 seja melhor que 2016 e pior que 2018!
Outro abraço grande.

Wed, 4 Jan 2017 10:37:22 -0200

Linda imagem!
Obrigada!
Bjs
Ana

Oi, Ana.
Obrigado, eu.

Wed, 4 Jan 2017 10:51:44 -0200

Me lembrei das nossas idas ao Trianon com o Rafa e o Vi ainda pequenos para caçar lagartas e coloca-las nos vidros, alimentado-as com folhas colhidas na mesma planta.
Repeti esta exeperiencia com minhas filhas Alice e Beatriz e vejo outro dia a Alice fazendo o mesmo com os netos, Miguel e Bernardo
Saudades de tudo isso
Feliz outro ano !

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Contundentes suas recordações!
Naqueles tempos tínhamos a casa repleta de vidros com as tampas furadas a prego e martelo e cheios de bichos, de toda espécie. Muitos eu, depois, levava ao Butantã para que extraíssem a peçonha útil no preparo de antídotos...
Compartilhamos a saudade de todas essa coisas...
Obrigado.

Date: Fri, 6 Jan 2017 23:49:02 -0200

.... e vou me repetir de novo ainda uma vez: como você escreve bonito mermão...
leio e releio... foto linda (já tinha visto esta beleza, e verei ainda algumas vezes certamente...
uma linda noite prôcê aí em terras cariocas...

beijos...

(desculpe tão tarde...)

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Obrigado.
Não tem por que se desculpar.
Que o ano nos seja mais leve!