autora: Mima 

Pernas curtas

10/02/15

Aquele número a encimar as páginas de pesquisa do Google, indicando 'aproximadamente' quanto resultados foram encontrados e em quanto tempo (sempre uma fração de segundo!) é uma descarada mentira. Como exemplo, propus a pesquisa do título de uma famosa canção de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, Assum Preto e logo a página mente lá em cima: "Aproximadamente 158.000 resultados (0,31 segundos)".

Decido conferir minha paciência e sigo, página após página, rol afora. Todavia, ao atingir a página 22 (220 resultados) há uma repentina mudança na informação lá no alto: "Página 22 de 220 resultados (0,39 segundos)" - em apenas 22 páginas - menos de 0,2% dos resultados anunciados! - a companhia que oferece pesquisa em troca de informações "colhidas" em seu computador confessa seu ardil: aquelas quantidades de resultados supostamente encontrados são apenas promoção, pequena mentira para impressionar os descuidados e, talvez, a concorrência.

Existe, é verdade, uma observação no final da página, onde se menciona o abandono de resultados semelhantes: "Para mostrar os resultados mais relevantes, omitimos algumas entradas bastante semelhantes aos 220 resultados já exibidos. Se desejar, você pode repetir a pesquisa incluindo os resultados omitidos". Nestas horas, para mim, a matemática fala mais alto do que qualquer adjetivo: anuncia-se 158 mil resultados e, depois de mostrar 220, descartam-se os outros 99.86%...

Este é mais um exemplo. Há muito observo este 'comportamento' trapaceiro no Google. Intriga-me essa palavra tão usada e inexistente em nossa língua: assum. Li, outro dia, uma hipótese levantada por Bráulio Tavares de se ter trocado anum por assum. Parece plausível, pois apesar dos cadernos de caligrafia do primário, mais de uma vez me vi com dificuldade de decifrar manuscritos meus, com minha letra.

Tue, 10 Feb 2015 18:56:28 -0200

Boa paulada, mermão...

Essas entidades muuuuito poderosas
sempre escondem alguns lances embaixo
de estranhos tapetes, né?
E não seria diferente com outra versão do Grande Irmão.

Viva a sua lanterna que tudo revela.

beijos

      sem assinatura

Visionário ou oráculo, sei lá!, era o Orwell e seu 1984, publicado quando tinhas quatro aninhos...
De quebra, acho que a busca em si, do google, piorou muito. Antigamente, existia ao lado de cada resultado uma opção-link "similares", que possibilitava ao usuário direcionar muito melhor a pesquisa. Enfim, continuamos com a seta apontada para quanto mais lucro, melhor!

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