foto de 10 de maio de 2009

Remodelagens

16/10/17

Quando o assunto e reforma ortografica - vivi varias e vi minha avo escrever conforme aprendera, ignorando as modificacoes posteriores - sou extremista e so apoiaria uma abordagem essencialmente matematica, visando estabelecer a correspondencia biunivoca do conjunto das letras (alfabeto) com o conjunto dos sons representados.

Assim, seria decidido qual a notacao preferida para o ss, por exemplo, se o c (cinto), o s (sino) ou x (maximo) e em todas as situacoes ela seria obrigatoria. Supondo que o c fosse o escolhido, passariamos a escrever celva, capo (sapo), maca (massa) e, em consequencia, a maca de transportar enfermos seria escrita com k: maka e, para se referir a fruta, seria preciso acrescentar de um n: macan. (Sons anasalados trariam os maiores problemas!) O mesmo principio se aplicaria a cada fonema e a cada letra, de tal forma que um dado som so se pudesse indicar por determinada letra e a cada letra correspondesse um unico som.

No inicio haveria confusao, claro, pelo inevitavel confronto entre a nova ortografia e aquela anteriormente aprendida, como no caso da maka de enfermos e da maca de pao. Todavia, as novas geracoes estariam isentas desta confusao, pois seriam alfabetizadas com uma ortografia sem ambiguidades.

Caso me fosse permitida uma segunda sugestao reformista, esta, sem duvida, seria a abolicao de todos os sinais diacriticos - sinal grafico que se acrescenta a uma letra para lhe conferir novo valor fonetico (em portugues, sao os acentos graficos, a cedilha, o trema e o til).

Este desejo so veio depois de alguma intimidade com o computador, de aprender suas convencoes para escrita e de constatar ser perfeitamente possivel entender um texto do qual todos os acentos, cedilhas e tis tenham sido removidos. Evidentemente, voce nao tem mais duvidas a este respeito, certo?

o mesmo texto com acentuação

Mon, 16 Oct 2017 08:14:00 -0300

E como tenho! massan? macan?

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Bem você leu até o final um texto de mais de 1800 caracteres, ou mais de dois minutos, sem um único acento, cedilha ou til.

Quanto à grafia macan ou massan dependeria das escolhas feitas para a remodelagem da Língua, na reforma que nunca se fará.


Mon, 16 Oct 2017 12:26:59 -0200

nossa, que difícil de ler!!! Vou ler mais tarde, com calma, que tô com pressa!!!! Mas achei a ideia genial!

      sem assinatura

Difícil por causa da ausência de acentos, cedilhas e tis? Ou o texto ficou rebuscado?
Como se menciona, os sons anasalados trariam os maiores problemas, mas é possível.
Conte-me depois de ler com calma.


Tue, 17 Oct 2017 11:28:00 -0200

Essa tem que pensar um pouco...

Fico lembrando do pode- pôde, que parece que já tiraram na última reforma, e que acho que dá confusão...


Bjs
Ana

Bem, você conseguiu ler toda a crônica sem um único acento, cedilha ou til...


Wed, 18 Oct 2017 15:15:16 -0700 (PDT)

certo, sem duvida, da sua irmam q sempre escreve sem diacriticos, nem noitecriticos!
mts bjs

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E simplifica TANTO, tudo!


Mon, 23 Oct 2017 20:40:18 -0200

Ai ai ai... os problemas da nossa maneira de escrever e falar... Acho o máximo o seu permanente interesse a respeito, em busca do que seria mais adequado pra todos nós, falantes. Mas como existem dezenas de maneiras diferentes, fora a dita ... Culta! Confesso que não presto muita atenção em todas essas possibilidades corretas e as dezenas, centenas ou mais de todos os brasileiros falantes. E confesso que acho bem atraente toda essa bagunça. Afinal, só mesmo os mestres de cada espécie, digamos. Mas o jeito de falar e ouvir e muito, muito, muito vário. E confesso que acho isso... nota dez! Ainda mais num país grandão (pode?) como o nosso jeitinho e suas infinitas maneiras de criar mais um maneira de se fazer entender, do pobre ao ricaço... E viva o Brasil de tantas maneiras de... E também de... E não esquecendo a turma dos tais Cafumdós dos fins do mundo sem fim... felizmente.

bjos

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Sim, viva a riqueza de nossa fala!
Minha abordagem era, desde o início, muito mais matemática do que linguística.
No fundo, cuidava de ver se seria possível, ou não, estabelecer uma correspondência biunívoca entre dois conjuntos...

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