Publicação esporádica à guisa de crônica.

Tempo de folia

01/03/19

É Carnaval! Aliás, a julgar pelas manchetes dos jornais, sempre foi carnaval, tanto que um outro general — eles voltaram! Ao noticiário, aos gabinetes, aos bureaux, arma primordial do poderio burocrático — mas, dizia, um outro, um francês de Gaulle e de gole em gole, deixou escapulir, durante uma visita à Cidade Maravilhosa: "não é um país sério" e, após outro gole de um Bordeaux nacional, requereu um reco-reco no intuito de melhor acompanhar uma escurinha rebolante.

É carnaval, ainda que se escasseiem os confetes, as serpentinas e os famosos Rodo Metálicos de tempos idos. Ainda que o corso não desfile mais pela Rio Branco e os automóveis não tenham mais um assento extra no porta-malas, tão ao jeito daquele desfiles. Se restar dúvida, dê-se o desprazer de percorrer as manchetes do noticiário, nas bancas ou no espelho negro de seu celular. Em pouco tempo você perceberá que o carnaval nunca parou.

É Carnaval, como foi carnaval pouco antes da proclamação da ditadura militar a marchar com Deus e a Família em busca de uma liberdade não libertina, em contradição explícita com o mandamento divino e primeiro: "crescei e multiplicai-vos". (E falar em ditadura sempre lembra um trocadilho infame que adorei, no início da adolescência, ouvido de um tio querido, deputado constituinte de 46, onde uma trapalhada qualquer concluía-se dizendo já estou com a dita dura.)

Não duvide, sempre será carnaval e, para se certificar, é suficiente atentar ao novo festival de besteira, a se avultar outra vez e já prestes a nos assolar. Começa na esplanada dos ministérios, a partir de cada assessor, do mais ínfimo aspone aos excelsos ministros e fardados de plantão.

Nestes tempos rescendendo a pólvora e humores de gendarmaria, é sempre útil um lúcido humorista a nos entreter enquanto o besteirol durar.

Mon, 4 Mar 2019 11:42:44 -0300

Você falando de carnaval, quem diria... Uma super ... Surpresa. Eu sempre me joguei no carnaval e assim farei sempre que possível. Tanto que me joguei em tudo que acontece nessa festa. Trabalhei demais em tudo isso e fiquei louco a me jogar em qualquer desfile ou bagunça de carnaval. Gostaria de me jogar numa escola qualquer. Na verdade fiz isso a vida toda. Veja só: ontem fui ao cinema e, por acaso, passei por uma moçada que iria pra balada e... por acaso me reconheceram... E eles correram em cima de mim e queriam me abraçar, fotos e afins. Claro que entrei na bagunça. E a maioria era homossexual...E virou uma festa no meio da rua. Claro que entrei de corpo inteiro... A moçada me cercou, queria me lançar no meio da rua... Juntou uma porção deles, fotos, abraços, gritaria... Como adoro tudo isso... E resolvi que vou me meter num carnaval qualquer. Matar as saudades de toda essa bagunça... Você se meteu em tudo isso alguma vez? Recomendo...

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Quando criança, quando criança. Nos bailes infantis do Caiçaras e do Piraquê. Dois clubes da Marinha, por estarem em ilhas na Lagoa...

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