Esta é a primeira crônica de 2004. Segunda-feira que começa nublada e surpreendentemente fria, para a época que aprendi a chamar de alto verão: 17 graus! Os pescadores das costas peruanas certamente sorriem diante dos cardumes famosos e fantásticos que as águas frias concentram ali e para lá atraem uma multidão de vorazes predadores que, por sua vez, atraem predadores de predadores...
Desta vez, o sopro gelado do ártico se concentrou na costa leste dos Estados Unidos. Paris, informava o rádio, tinha hoje uma temperatura de 7 graus, apenas dez a menos do que o verão do trópico, apesar de estar no inverno e numa latitude que é mais que o dobro daqui. Claro, Paris recebe sol mais cedo, mas nesta época do ano a diferença é pequena e a luz lá chega muito oblíqua enquanto que aqui está quase a pino...
Mas, como meu pai sempre repetiu, de gustibus et coloribus non disputandum e muitos amigos me garantem gostar do frio. Por isso, não se discute. O horário de verão já começa a atrapalhar quem sai muito cedo. O sol ainda se põe bem tarde, um minuto antes das oito, do lado de cá do fim do mundo, mas enquanto nos últimos dias de novembro a alvorada era às 6:12, hoje o sol só chega às 6:37, sempre pelo tal horário de verão, é claro. Os dias se comem pelas beiradas das manhãs...
Já há três boas novas a assinalar no novo ano: o nascimento de José, dia nove, no Rio, uma especialíssima gravidez, em São Paulo e o reencontro de antiga amizade, retomada agora pela internet. Do primeiro, sou suspeito demais para falar. Do segundo, nada diria sem consultar os envolvidos. Do último assunto, todavia, conto que o Acaso pôs em contado, por coincidências internáuticas duas pessoas que não se falavam há mais ou menos um quarto de século. Na internet, a página da enfoco serviu de ponte no tempo para a ex-aluna...
2004 promete...
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