Caligrafia
02/08/16
O New York Times publicou matéria com considerações sobre o retorno da Caligrafia ao ensino fundamental em alguns estados norte-americanos. Desconheço como o atual ensino brasileiro trata o assunto, mas o texto manuscrito guarda a preciosa "imprecisão" da mão humana, a imperfeição fundamental a distinguir o ser humano do robô. O tema imediatamente trouxe muitas lembranças ligadas ao escrever cursivo pela infância e adolescência afora. Desde dos cadernos especiais da escola primária para aprimorar a caligrafia, com pautas múltiplas para delimitar o tamanho da letra e de suas alças superiores e inferiores, à dificuldade pessoal de emendar em um único gesto as letras de cada palavra... Na verdade, eu nunca tive "letra bonita", como se costumava dizer então, e admirava sinceramente as caligrafias de meus pais, diferentes, sim, mas ambas belas e elegantes. Depois, me encantei com a Grafologia*, descoberta no final da adolescência. Comecei a comprar livros sobre o assunto - mania a me acompanhar por muito tempo - e em seguida me meti a "perceber" nas escritas alheias indícios da personalidade, revelações de tendências inconfessáveis etc. Infelizmente, quando descobria algum indício negativo em minha própria escrita, cuidava de mudar o jeito de escrever em vez de procurar o autoconhecimento nos "defeitos" apontados pela suposta ciência da da escrita manuscrita. Hoje, nos debates norte-americanos sobre vantagens e desvantagens da volta do ensino de Caligrafia nas escolas daquele país, os defensores ressaltam irem muito além de escrever com fluência e "bonito" os benefícios advindos de um treino que envolve inúmeras áreas do cérebro e os opositores, provavelmente, contra-argumentam opondo as igualmente complexas habilidades para "manipular" o mundo através de uma pequena tela de telefone... do Houaiss: grafologia Datação: 1899 |
Tue, 2 Aug 2016 10:22:55 -0300 ADOREI a hostória do seu interesse pela grafologia (não fazia ideia disso!!!! você é um ser único) e, principalmente, de mudar a letra em vez de mudar o "defeito", ra ra ra. Por volta dos 12 anos, mudei um pouco minha letra pra ficar parecida com a de uma colega que tinha uma caligrafia linda (na minha opinião de uns 50 anos atrás). Minha letra ficou ainda mais a feia e, quiçá, esquizofrênica, com "b" grafado à moda da chamada "letra de imprensa", por exemplo, sendo que o meu "b" original não era assim. Que diria a grafologia sobre mim? Boa coisa não seria! sem assinatura É curioso, talvez todos os irmãos tenham letra "ruim", apesar de filhos de duas pessoas com uma bela caligrafia. Volta-me o desejo de controlar a mão para obter uma escrita realmente cursiva, ou seja, voltar a praticar caligrafia. Lembro-me de me atrapalhar para emendar um "a" num "o", por exemplo, pois um terminava em baixo e o outro começava no alto e outras incompetências similares. Tue, 2 Aug 2016 14:57:33 -0300 Volta da caligrafia???? sem assinatura Sim, parece que alguns estados norte-americanos já re-introduziram a prática e a matéria do NYT fala da possibilidade do Alabama trazer de volta a Caligrafia no ensino normal... Tue, 2 Aug 2016 14:10:52 -0700 (PDT) tbm lembro do caderno de caligrafia sem assinatura Há controvérsia, ouvi que sua letra "não é feia"... Thu, 4 Aug 2016 10:44:20 -0300 No celular, nem sonhar – está fora de cogitação com minha artrose de velhice e meio desajeitamento manual inatp... Bem, sempre invejo uma prima, mais jovem do que eu, até hoje sem celular... |
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