Saturday, February 18, 2006 10:32 AM
Amigo
Esta última semana estive em Ribeirão Preto para um congresso. É ritual em Ribeirão sair da faculdade para um boteco, para um chope (para mim, um uísque) e um bate-papo. Não consegui ir nenhum dia, porque todos os botecos são tão barulhentos! Tem gente demais, mal se pode bater o papo em torno da mesa. Será que a sensibilidade auditiva da gente se aguça com a idade? Devia ser o contrário, ficar meio surdo...
Já aqui, na Granja, os ruídos me agridem muito pouco. Tem latidos, sim, porque o cachorro da Bárbara vem provocar os meus na cerca, de madrugada, e tem pássaros e sapos. Acho que o que me agride atualmente é o ruído humano. Estou virando, cada vez mais, uma misantropa.
Bj
Ana
Não creio. É provável que nossa audição diminua com a idade, mas não tínhamos caixas de som de bilhões de watts em bares e discotecas em nossa adolescência, não havia aviões a jato em nossa infância - em minha memória o cúmulo do barulho era a britadeira a quebrar asfalto. Hoje, qualquer caminhão que pare ao lado do automóvel faz o ruído da britadeira parecer agradável... Você mora em um lugar pronto. Aqui, está em obras, sempre. São caminhões, tratores etc. O que incomoda é mesmo o nosso barulho, humano.
cronistaprendiz
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