Convivência
06/02/18
Nosso relacionamento com a Inteligência Artificial evolui e se aperfeiçoa independente de termos consciência de tal convívio. Lembro bem quando uma primeira máquina, enorme e barulhenta, foi trazida pelo Lúcio para nossa sala: um paralelepípedo de mais de meio metro com um palmo de altura, sobre o qual um pequenino monitor traduzia em letras verdes "os pensamentos" daquele ser inusitado. Foi no final da década de oitenta. Depois, veio meu primeiro "computador pessoal", em 1991, e o fascínio por softwares capazes de fazer e acontecer. O passo seguinte foi o Windows, a substituir a linha de comando do DOS por cliques em uma interface gráfica. Veio a era do AltaVista, do ICQ (I seek you) e das "salas de chat", depois chamadas de salas de bate-papo. Testemunhávamos, como Brruuu, o surgimento de um novo universo. Ainda não existia Google e uma ampla gama de mecanismos de busca, além do AltaVista, se ofereciam e disputavam mercado. Eram chamados de crawlers e spiders, por vasculharem a rede ou teia. Uns pareciam melhores por um aspecto, outros por outro e, quase sempre, era preciso recorrer a mais de um para chegar à meta. Veio o Google e seu algoritmo se mostrou muito melhor. No começo, ao lado de cada opção, cada link para uma possível resposta, existia uma opção: "procurar mais parecidos com este" e, assim, era possível refinar a busca com uma interessantíssima interação do cérebro do consulente com o algoritmo do mecanismo de busca lá nos confins da Califórnia. Tais opções desapareceram o que significa um aprimoramento do algoritmo do Google, pelo menos do ponto de vista deles, o que significa substituir opções de cérebros humanos por "inteligência da máquina"... Aos poucos, o nosso relacionamento com a Inteligência Artificial evolui e se aperfeiçoa, quer o saibamos, quer não. do Houaiss: |
Wed, 7 Feb 2018 09:34:53 -0200 E como isso vai tecendo as relações entre corpos, né? e com cada vez mais o desconvívio é acontecimento, e a gente vai tendo que inventar outros modos de estar juntos. Que saudade! vc vem por aqui por sampa? vem, vem! sem assinatura É verdade. A tecnologia, com suas "redes sociais" e seus smartphones, substituiu a convivência e interação entre as pessoas. Vivemos mergulhados em um mundo imponderável, diferente do mundo material feito de fatos e objetos e bichos e gente. O outro, é fruto de um emaranhado de milhões (bilhões, talvez) de pensamentos e imaginações. |
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