Olá Bill, tudo bem? "Yes, nós temos bananas" você gosta de bananas, Bill? Querida Sabrina, você fica aí, escrevendo com esses dois dedinhos espetados como se fossem chifres... essas aspas rosadas saltitantes! Mal sabe o que se passa entre o teclado e o monitor e vai chiar porque quero dar uma saudável banana, a musa paradisiaca, pro tio Bill? Não, dona Sabrina, muito precisa ser esclarecido, calma! Antas, as "aspas", que não são essas que envolvem a palavra, mas as rosadas que mencionei, no sentido de cornos, chifres, aquela coisa que tem em cima da cabeça da vaca, sabe? Pois é, O Aurélio esqueceu de registrar esse significado para o verbete. Digo que esqueceu, porque ele registra duas locuções onde este sentido está implícito. Veja só: Verbete: aspas ... Fincar as aspas. Bras., RS. Pop. 1. Cair de cabeça para baixo. A outra é "Fincar as aspas no inferno." Um amigo já a anotou na sua longa lista de palavras que o Aurélio esqueceu... Queria dizer que seus dedos mínimos espetados para frente e para cima, parecem dois chifrinhos bailando sobre as teclas, mas voltemos a minha raiva, antes que desapareça.
Ia tudo bem e com dias quentes e azuis até que, ao chegar a este sítio, na página que permite transferir as crônicas e outros arquivos - tarefa de todos os dias - o brauser do senhor Janelas (ou seria melhor Vitrines? ou Vaidades?) me informou que eu não poderia ter acesso porque o sítio não tinha um certificado de validade, ou algo assim! De uma hora pra outra, sem mais explicações! É mais ou menos como se eu chegasse na minha casa e o segurança me avisasse que não poderia entrar porque a casa não tem seguro! Fui mudar as coisas de segurança do soft do senhor Bill Porteiras (ou seria melhor Comportas?) e ele me pediu a senha do administrador! Ora, como posso explicar para esse imbecil que aqui não tem administrador nenhum? Que ninguém tem senha nem neuroses com segurança, que a própria vida é insegura em si, que nunca se sabe o que nos espera na esquina do amanhã?
Imagino que o William deva ser mesmo a pessoa mais apavorada do mundo: o homem mais rico deve ser o que mais tem pesadelos com segurança. Parte do princípio de que todos em volta, só querem dilapidar sua fortuna, o tempo todo. As desventuras de um cronistaprendizcom os esquemas de segurança do senhor Janelas daria um volume de peso, peso de papel, se fosse contar em minúcias. Consegui voltar a visitar os sítios que queria, mas não consigo, ainda, no meu "computador pessoal", modificar através do software as opções de segurança! Fiz algumas modificações direto no famigerado "arquivo de registro" e funcionou, principalmente porque me fez olhar com mais simpatia o brauser do dragão...
Calma, dona Sabrina, isso é só o começo menos que a introdução... Dizem que todo cão acaba parecido com o dono. Eu diria que no mundo dos computadores, o sistema operacional também tem a cara do dono. (O Bill luta como um desesperado para fazer um sistema operacional capaz de escutar e falar. Será que já comprou da RCA Victor os direitos do slogan "A voz do dono"?) Pois bem, o sistema operacional do homem mais rico do mundo, que o tornou o rico número um, como não poderia deixar de ser, pensa que é dono do seu computador (já começa com aquele antipático "Meu Computador") e detesta que você modifique certas coisas ou elimine certos arquivos...
Para encurtar, perdi um belíssimo fim-de-semana cheio de luz a azul e, pior, perdi uma "pasta" nas entranhas dessa máquina estúpida! Precisei reinstalar o sistema operacional quatro vezes, nesses dois dias - deve ser um recorde - pois vários programas começaram a ter um comportamento suspeito. As mensagens mais estapafúrdias, sempre em péssimo português, interrompiam as tarefas mais críticas. Ícones desapareciam ou, ao contrário, como aconteceu com a conexão "dialup", deixou de existir, embora o ícone continuasse lá, só para os olhos, pois se comportava como se não existisse... um verdadeiro caos de tarefas, lidando com uma "interface" extremamente hostil, apenas para refazer tudo que antes funcionava às mil maravilhas!
Bem, agora chegamos ao cerne: depois de tudo aparentemente resolvido, fui preparar esta (que seria outra, é óbvio) crônica. Para minha grande surpresa o soft editor me mostrou um diretório vazio! Pensei: pronto! mais um programa que deu pau! Fui conferir e minha surpresa virou estupefação: a pasta continuava lá, porém, vazia! Todos os arquivos (crônicas, cartas, índices, modelos, etc.) haviam desaparecido! Eu tinha um backup! Finalmente aquele troço iria funcionar para alguma coisa, mas funcionou pela metade. Não sei porquê e nem quero saber. Copie uma lista das páginas disponíveis aqui: 157 páginas. Conferi as páginas no diretório restaurado: 125, mas 5 delas, pelo menos, são de controle apenas e não contam...
Em resumo: alguém sabe se o Bill gosta de
bananas?
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